Elad Bodenstein e Itamar Eliyahuo. A história do novo restaurante de Lisboa começa por conseguir dizer de uma vez estes nomes. São os responsáveis pelo Tantura, o mais recente espaço do Bairro Alto dedicado à cozinha israelita. Vieram de lua de mel para Portugal, e além de apaixonados um pelo outro, renderam-se à cidade e decidiram ficar cá e abrir um negócio.
Tantura é fácil de explicar. “É o nome da vila onde vivíamos em Israel”, explica à NiT Elad, de 39 anos. Aí tinham uma pequena empresa de catering aliada a outras profissões. “Eu era designer de interiores, o Itamar trabalhava na área de marketing.” Casamentos, festas e eventos faziam um pouco de tudo na região, sempre com comida típica de Israel, que na realidade não é. Elad explica.
“Não há pratos tradicionais só de Israel. O que existe é uma mistura com influências de vários países como Roménia, Polónia, Tunísia ou Iraque.” É com essa mistura que também se faz a carta do Tantura que apelidam como sendo de cozinha mediterrânea. Para começar há variedades de shakshuka, ovos estrelados com molho de tomate, ervas e pão de cervejas. Chegam com vegetais, carne, ou espinafres salteados — custam desde 7,80€.
Para petiscar tem falafel com molho de tahine, um prato que era pedido muitas vezes nos serviços de catering. Vêm oito bolinhas de grão fritas — custa 2,90€. Tem ainda o sambusak, um pastel recheado com cebola e gão de bico (4,50€), o pastel de queijo feta com espinafres (5,20€) ou a couve flor fumada com molho tahine (5,80€).
A par do falafel, o hummus também era dos petiscos mais servidos na empresa de catering de Elad e Itamar. No novo Tantura servem-no simples (6,25€), com beringela e ovo benedict (7,25€), com pimentos (7,25€) ou almôndegas (8,25€). As pitas são outras as seções do menu. Tem as recheadas com shakshuka (6,50€), a com schnitzel, com panado d frango e salada (6,90€), almôndegas e molho de tahine (6,90€), ou sabich, com beringela frita e salada (5,50€).
Há ainda sobremesas com nomes estranhos, mas combinações que vai querer pedir. A basbusa é um bolo de sêmola com açúcar e água de rosas (3,50€), o mauari um pudim de leite com topping de amendoim e framboesa, e o halva sementes de sésamo, moídas e torradas com pistácio, mel e baunilha (4,25€).
“Todos os ingredientes frescos são dos mercados da zona, já as especiarias trazemos mesmo de Israel.” O novo restaurante tem capacidade para 38 pessoas e está decorado com muitas peças que Elad e Itamar fizeram pelo mundo. Em Portugal além de Lisboa, já estiveram na Arrábida, no Alentejo e no Porto. “Se não abríssemos o restaurante em Lisboa, seria no Porto, com certeza.”
O restaurante esteve em obras durante três meses e abriu agora em julho no Bairro Alto.