Apaixonado pelos petiscos e pela atmosfera das tascas tradicionais, Pedro Ferreira realizou o seu sonho de abrir um restaurante no dia 12 de novembro, com a inauguração da Tasca do Pias, em Lisboa. A taberna moderna, localizada junto ao Campo de Santa Clara, tem como objetivo preservar o espírito destas casas típicas: um espaço onde se vai não só para comer, mas também para conversar, partilhar petiscos e beber um copo de vinho.
“É um gosto que me acompanha desde miúdo. Sempre que organizava jantares com amigos, era eu quem ficava responsável pela cozinha. Servir pessoas sempre foi uma paixão”, explica Pedro, lisboeta de 32 anos. A restauração nem sempre foi o plano inicial.
Enquanto frequentava o curso de técnico de som na Escola de Tecnologias Inovação e Criação, percebeu que a sua verdadeira vocação estava precisamente na cozinha. Decidiu mudar de rumo e formou-se na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril. “Trabalhei como cozinheiro desde os 20 anos em vários espaços e, quando vi que tinha a possibilidade de investir num espaço próprio, atirei-me de cabeça.”
A escolha da localização, junto à Feira da Ladra, foi aproveitada para juntar dos conceitos que o proprietário queria transmitir no restaurante, “um serviço mais de tasca, com preços acessíveis, e conseguir atrair turistas e o mercado nacional”.
Por enquanto, a equipa é composta apenas por Pedro e a sua mulher, Diana Mancine, de 28 anos. “Se o negócio correr bem e houver afluência, espero conseguir aumentar o número de funcionários no futuro”, afirma o proprietário.
A Tasca do Pias aposta num serviço acessível que agrade a turistas e sobretudo aos clientes locais. Entre os detalhes que tornam o espaço singular está um mural de street art desenhado pelo artista Filipe Nazaré.
Com 22 lugares sentados, a decoração inclui acabamentos em madeira, cores quentes e elementos industriais que criam um ambiente acolhedor. O balcão, peça central do espaço, reforça a proximidade que se deseja numa tasca, ainda que moderna.
O menu é uma extensa homenagem à cozinha portuguesa. Há tábuas de presunto e queijos (10€) e quatro versões de pregos: simples (4€), com queijo da ilha (4,50€), presunto (4,50€) ou misto (5,50€). Para partilhar, as opções incluem peixinhos da horta (7€), moelas (8€), gambas à guilho (9€) e pica-pau (8€). Nas sobremesas, destacam-se a mousse de chocolate (4€), serradura (3,50€) e arroz doce (4€). A acompanhar, o vinho da casa Vítor Horta, disponível em tinto ou branco, custa 2€ por copo.
Carregue na galeria para ver algumas imagens da nova tasca de Lisboa.