Café de especialidade torrado no próprio espaço e pratos de brunch servidos a qualquer hora do dia — tudo isto dentro de 100 metros quadrados. É assim a The Royal Rawness, a nova coffee shop de Lisboa, que abriu no início de abril em Marvila, num antigo armazém da Abel Pereira da Fonseca. A marca começou em 2018 apenas com torrefação. Agora tem um espaço próprio.
“Sempre foi um dos nossos objetivos termos várias coffee shops a funcionar. Esta é a primeira”, explica à NiT Paulo Pinho, que tem 47 anos e é sócio deste projeto juntamente com a mulher canadiana, Nancy Brito, com a mesma idade. A zona de produção de café já estava em Marvila, agora juntaram tudo no mesmo espaço.
Em 2018, o casal criou no Porto um café pop up durante seis meses no interior da loja The Feeting Room. Paulo e Nancy pretendiam testar alguns dos pratos que apresentam agora neste menu. “Um café de alta gama tinha de ter um menu de comida acima do que é expectável, seria estúpido se assim não fosse.”
Em conjunto com vários chefs criaram uma ementa com sugestões de pequeno-almoço que podem ser pedidas durante todo o dia. Com o pão da padaria artesanal Gleba preparam tostas com abacate, ovos escalfados, milho doce, tomate grelhado e parmesão (8€); ou uma veggie com legumes grelhados, sementes de cominhos, cogumelos e compota de manjericão.
Mais simples são os ovos mexidos com abacate, tomate, folhas verdes e pão da Gleba (7€); a bowl de matcha com banana, leite de amêndoa, mirtilos, coco e sementes (8€); ou os croissants com manteiga ou mistos (com preços a partir de 1,30€).
“Viajámos por Nova Iorque e pela Europa para nos inspirarmos em vários conceitos desde género. Também chegaram influências da Austrália.”
Apesar de, no caso da Austrália, não terem viajado para lá, receberam as ideias a partir de um colaborador que trabalhou em Sidney durante vários anos. “Eu sou o único português da The Royal Rawness. Temos pessoas do Brasil, Inglaterra, Espanha, Alemanha, Croácia e Eslovénia. Todos com experiência a servir em coffee shops.”
O menu tem ainda saladas, panquecas, sumos, smoothies e chás. E claro que não pode sair de lá sem pedir um dos cafés de especialidade: “Temos duas máquinas de espresso que as pessoas perguntam se é para tirar imperiais.”
É no espaço de Marvila que fazem a própria torra. Os grãos chegam verdes do Brasil, Etiópia, Ruanda, Quénia ou Tanzânia. Por enquanto, a casa serve três blends e pelo menos sete single origin.
Fazem depois espresso (1€), macchiato (1,50€), latte (2,70€), cappuccino (2,70€), ginger latte (3€) e até uma versão fria (3€).
Toda a decoração foi feita pelos dois sócios. A mesa central, por exemplo, foi criada com barras paralelas olímpicas. E nas outras aproveitaram os antigos canos que estavam naquele espaço para construírem as estruturas que apoiam os tampos.
O The Royal Rawness tem capacidade para 30 clientes. Nas próximas semanas será montada uma esplanada.
Quem manda nisto tudo?
Nome: Paulo Pinho
Idade: 47 anos
Prato favorito: The Raw Royale
Convença-nos a visitar este espaço: “Marvila é o nova zona da cidade. O beer district é aqui e agora também a The Royal Rawness com café de especialidade e muito mais.
Carregue na galeria para conhecer melhor o novo The Royal Rawness.