O sushi não é, de todo, estranho para António da Câmara Pereira (de 33 anos). Tem, aliás, uma empresa de eventos e serviço de catering — a Sushi em Casa — que serve esta especialidade japonesa diretamente na morada indicada pelos clientes.
Também não o é para Duarte Costa (de 37), um dos sócios das Poké House. Juntos criaram agora um novo projeto e, claro, só podia ter a ver com sushi. Ao duo juntou-se Francisco Bustorff (de 32 anos).
Chama-se Komodo e o novo conceito promete ser a primeira grande experiência de sushi bar em Cascais. “Encontrámos uma lojinha na Aldeia de Juzo, longe da confusão da cidade, e pensámos em abrir um espaço para take away e delivery”, começa por contar à NiT o chef executivo do Sushi em Casa.
A tal “lojinha” não é, porém, um espaço qualquer. Trata-se de uma casa onde funcionou um talho — durante 40 anos. O que tinha de especial implicou ultrapassar várias contrariedades. Foram necessárias obras estruturais que se prolongaram por três meses para o transformar num restaurante. A 17 de janeiro, lá conseguiram abrir o Komodo.
Pelo caminho, os sócios abandonaram o plano inicial de criar um negócio de take away. “Quando começámos a montar aquilo, percebemos que havia potencial para construir uma esplanada engraçada e decidimos dar um twist ao conceito”, revela António.
Agora, quem entra no número 167A da Rua 1.º de Maio depara-se com um pequeno espaço apenas com dois lugares sentados e uma cozinha. Antes, contudo, terá de atravessar uma espécie de esplanada fechada com capacidade para 30 clientes. “É quase um recinto interior no exterior, com toldo e porta. Mas também podemos abri-lo para arejar.”
Ali o objetivo é um: desconstruir o conceito de sushi. “Este tipo de gastronomia está associado a casas mais escuras e a um ambiente formal. Quisemos fugir disso. No fundo, decidimos abrir um sítio descontraído, onde se pode comer uns petiscos japoneses e beber uma cerveja fresca.” Arriscamos dizer que é uma espécie de tasca, mas, em vez de moelas e pica-pau, as propostas para picar serão feitas de peixe (cru ou não).
Esqueça os vermelhos, os pretos e os pauzinhos. O Komodo tem uma decoração “alternativa”, onde o azul, os bambus e a madeira reinam. “É pequenino, mas acolhedor. Tentámos que fosse o mais familiar possível. E a verdade é que se está muito bem por lá”, garante António.
É ele quem mete as mãos na massa — ou no peixe — acompanhado por João Soeiro. “Em conversa chegámos ao nome de um chef bastante conhecido, que já trabalhou em alguns restaurantes — era o João. Na cozinha juntamos a linha mais tradicional dele com a minha, que é de fusão, mas sem exageros.”
Uma vez sentado na esplanada pode pedir ceviches (12€), carapau laminado (12€) ou atum semi-braseado (14€), mas também pode experimentar o bao de caranguejo de casca mole (10€, com duas peças) ou as bolinhas de polvo fritas (6€). Não se esqueça do green komodo roll (11€), preparado com uma alga verde, camarão panado, ovas e molho — já é uma das propostas mais pedidas.
“No verão, a ideia é brincar com os peixes da temporada — ter nigiris de enguia, salmonetes”, acrescenta o empreendedor. O melhor é reservar com antecedência, porque o restaurante costuma estar cheio. Depois não diga que não avisámos.
A seguir, carregue na galeria para ficar a conhecer melhor o Komodo e descobrir algumas das outras sugestões que saem da cozinha do novo restaurante de Cascais.