Restaurantes

O novo fine dining no Parque das Nações é uma homenagem à Expo 98

O Universal 98 abriu no início do ano no Eurostars Universal. A ementa do chef Tomás Pereira reflete os sabores nacionais.
A inauguração será em março.

Estávamos em 1998, ano em que todos os olhos estavam postos no Parque das Nações, o novo bairro lisboeta ao qual todos acorriam para ver a “melhor exposição internacional de sempre”. Passadas mais de duas décadas, a zona tornou-se numa das mais cool e movimentadas da capital e onde muitos negócios desejam estar. Um dos mais recentes chama-se 98 Universal e presta homenagem ao ano que mudou a vida de Lisboa.

O espaço abriu em janeiro, ainda em soft opening, mas só no início de março irão inaugurar oficialmente o 98 Universal. O restaurante fica no interior do Eurostars Universal e veio substituir o antigo conceito, pensado apenas para os hóspedes. “Este ano decidimos inovar e reformular o restaurante que tínhamos no hotel. Pensamos em dar um toque diferente da típica hotelaria e criar um fine dining, onde apenas usamos produtos locais. Esta é uma boa forma de apresentar a cultura portuguesa aos clientes estrangeiros”, exemplifica Ricard Mázon, de 47 anos, diretor dos hotéis Eurostars em Lisboa.

O novo restaurante é também uma homenagem a Portugal: a decoração apoia-se nos azulejos que compõem murais que fazem lembrar interior de igrejas barrocas. Cada um tem elementos como deuses, caçadores e figuras mitológicas. Esta arte conjuga-se com os materiais nobres como a madeira e os tecidos que forram os cadeirões da sala com capacidade para 80 pessoas.

É também naquele espaço que são servidos alguns dos pratos do chef Tomás Pereira, cuja carta pretende criar “uma fusão do melhor que Portugal tem para oferecer com inspirações e técnicas internacionais”. “A escolha do chef está muito alinhada com o que defendemos no grupo. Procuramos jovens talentos, com vontade de crescer, evoluir e ‘vestir a camisola’ como dizem cá em Portugal”, refere o diretor espanhol, que se mudou definitivamente para Lisboa para assumir este projeto no Parque das Nações.

Para começar, destaca-se o carpaccio de polvo com puré de batata-doce (15€) ou um puré de maça, com granizado de aipo e finalizado com gamba violeta do Algarve (45€). Ainda nas entradas, encontra couve portuguesa com parmentier de alho francês, acompanhado com chouriço assado (25€).

Nos pratos mais consistentes, o chef sugere um arroz de bivalves com peixe do dia e algas (36€). Há ainda um risotto de cevada com legumes da época e queijo da ilha (38€) e um lombo de novilho com molho de café à Lisboa, acompanhado com esparregado de salsa e soufflé de batata.

Para um final bem típico há pudim Abade de Priscos (14€), finalizado com crumble de avelã e gelado de citrinos. Para quem não é fã da especialidade minhota, pode sempre pedir um curd de laranja (12€) com espuma de chocolate branco e gel de especiarias.

Durante a primavera, o espaço irã lançar um menu de degustação, assente nos produtos sazonais. “Somos muito humildes e estamos a dar um passo de cada vez. Queremos escutar os clientes e fazer tudo com tempo”, afirma o diretor. Quanto aos prémios admite que não estão a pensar nisso, “pelo menos por agora”.

Carregue na galeria para ver imagens de alguns pratos disponíveis no Universal 98.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Av. Dom João II 10
    1990-221  Lisboa
  • HORÁRIO
  • Segunda a domingo das 19h30 às 23h
PREÇO MÉDIO
Mais de 50€
TIPO DE COMIDA
Portuguesa, Fine Dining

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