A 64.ª edição da Moda Lisboa realizou-se entre os dias 7 e 9 de março. Pelo Pátio da Galé desfilaram centenas de modelos com alguns dos designs que vão servir de inspiração para o que se vai ver pelas ruas portugueses daqui a uns meses. No entanto, a moda não se faz apenas de vestidos, calças e saias. Durante os desfiles dos estilistas portugueses houve outro tema que se destacou pela omnipresença em diferentes momentos: as cores de cabelos.
Pelo que vimos nos desfiles de Luís Carvalho, Alves/Gonçalves e Luís Buchinho, as tonalidades escuras vão ser uma das principais apostas dos salões. “O Mocha Mousse continua a dominar o mercado e destaca-se por ser uma cor natural e luminosa, com diferentes nuances de castanho que criam um efeito sofisticado”, explica à NiT o hairstylist Cláudio Pacheco, Global Artist L’Oréal Professionnel.
Pode apontar o nome do tom: Mocha Mousse. A escolha não é uma surpresa. Se esteve atento às tendências do street style, deve ter reparado que, nos últimos meses, aumentou a procura por tons neutros em diversas áreas — da moda à decoração. Esta tonalidade transmite a “indulgência de prazeres simples”, como descreveu a Pantone, quando a escolheu como “cor do ano”.
A influência prolongou-se também à beleza, primeiro graças a propostas como o batom Rhode Espresso, da marca de Hailey Bieber. Este interesse pode ser associado ao minimalismo. Na era do luxo discreto, o Mocha Mousse cumpre as necessidades de quem quer adicionar um pouco de cor, seja à maquilhagem, às unhas ou ao cabelo, mas sem que dê demasiado nas vistas. Além disso, é nostálgico, por ter sido tão popular na década de 90.
O tom vem agora acompanhado de um “estilo mais dreamy”, onde os cabelos surgem, como explica o hairstylist com “texturas naturais e um ar despreocupado”. A boa notícia, é que é possível adaptar a tendência ao dia a dia, com pouco esforço.
“O que vimos nos desfiles remete-nos para a natureza e para a naturalidade. A grande vantagem é que abraça a textura natural de cada cabelo, tornando o styling mais fácil e prático. Quem tem cabelo encaracolado, por exemplo, pode utilizar produtos indicados, sem recorrer às ferramentas de calor”, diz.
O castanho luminoso dá uma maior dimensão à cor e mais brilho ao cabelo e está a substituir as tendências que se destacaram no outono passado, como os tons bordeaux. “O Expresso Brunette, que se caracterizava pelo tom muito escuro, vai desaparecer por completo enquanto os Burgundy vai regressar para mais uma temporada, com menos expressão, na próxima estação fria, reafirmando os ruivos como tons tendência para inverno”, adianta o profissional.
Menos fios brancos, rosto mais brilhante
São várias as celebridades que se tornaram embaixadoras desta coloração, começando por Zoe Saldaña, Priyanka Chopra, até às portuguesas Cláudia Vieira e Catarina Furtado. Muitas já o ostentam há vários anos, outras começaram a apostar mais recentemente.
O motivo é simples: versatilidade. Seja num cabelo longo e volumoso, com um corte mais arrojado, com ou sem textura, a coloração adapta-se e torna qualquer look mais sofisticado. Este tipo de tom é apontado como sendo mais eficaz a cobrir os cabelos brancos, tornando-se numa forma discreta de cobrir os sinais de envelhecimento. Além disso, traz mais brilho à tez, criando uma aparência mais jovem, elegante e cuidada.
No entanto, é preciso escolher a coloração mais indicada para cada pessoa e isso “implica ter em conta o subtom e a profundidade da pele”. Quem tem um tom quente, por exemplo, deve optar por alternativas que seguem a mesma linha, como o caramelo.
Se tiver um tom mais frio, opte por castanhos com subtons também como o taupe. “Os tons de pele mais profundos podem ficar bem com castanhos mais ricos e mais escuros”, garante o hairstylist.
Carregue na galeria para ver mais imagens do desfile de Luís Buchinho, onde esta tendência foi notória.
