Beleza

Discriminar quem usa rastas ou o cabelo afro ao natural a caminho de se tornar crime

O projeto de lei votado no Congresso dos EUA contou com 235 votos a favor e 189 contra. Ainda terá de ser aprovado pelo Senado.
Um novo passo em direção à igualdade.

Nos Estados Unidos da América (e não só), existe uma ideia enraizada de que o cabelo afro ou rastas são sinónimo de falta de profissionalismo. Para salvaguardar todas as pessoas que usam estes penteados, que são principalmente negras, o país governado por Joe Biden poderá aprovar em breve uma nova lei que proíbe a discriminação com base neste tipo de cabelo ou penteado.

O projeto de lei ainda não foi debatido no Senado, mas já chamou a atenção da Câmara dos Representantes, que admitiu que muitos afrodescendentes têm constantemente privados de várias oportunidades, tanto na infância como na idade adulta, devido aos seus cabelos. A discriminação capilar será tratada (e punida) da mesma maneira que a racial e que o preconceito quanto ao país de origem.

Esta nova legislação foi promovida por nada mais, nada menos, que uma mulher afro-americana. Bonnie Watson Coleman é a primeira mulher negra a representar Nova Jersey no Congresso norte-americano. “Para os afro-americanos, deixar crescer o cabelo natural é muitas vezes considerado ‘não profissional’ simplesmente porque não está de acordo com os padrões de beleza branca. A discriminação contra o cabelo afro-americano é discriminação contra os afro-americanos”, afirmou Coleman, em comunicado, citada pelo “Diário de Notícias”.

O projeto de lei contou com 235 votos a favor e 189 contra. A maior parte daqueles que não aprovaram a medida são republicanos, e argumentaram que existem problemas maiores nos Estados Unidos, como a inflação e o aumento dos preços dos combustíveis. “A cada passo que dão, os republicanos tentam diminuir a humanidade das comunidades de cor e, mais uma vez, defender a supremacia branca”, contestou uma deputada negra.

 

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