Beleza

Farfetch abandona segmento de beleza um ano após a estreia

A empresa fundada pelo português José Neves está a remodelar o seu modelo de negócio. O foco vai passar a ser apenas a moda.
A empresa tem novidades.

A plataforma de luxo Farfetch, do português José Neves, vai abandonar o segmento de beleza um ano após a sua estreia no ramo. A partir do próximo dia 31 de agosto já não vai ser possível comprar produtos cosméticos na retalhista devido a uma remodelação do negócio, avança a “Vogue Business”.

Em janeiro de 2022, a empresa comprou a Violet Grey, uma marca especializada em artigos de beleza gama alta. Pouco depois, em abril, lançou a sua própria loja online com um conjunto de marcas selecionadas, entre as quais a Chanel, a Gucci ou a Tom Ford. No entanto, a aposta não revelou bons resultados.

No ano passado, a empresa com sede em Londres, fundada em 2007, viu as suas vendas no mercado a caírem pela primeira vez desde que abriu o capital, em 2018. Apesar de terem conseguido recuperar o lucro no primeiro trimestre do ano, aumentando em 8 por cento, o grupo está focado em melhorar as vendas na área da moda.

Um investidor explica à “Vogue Business” que o modelo de negócio neste segmento é marcado por “restrições e acordos de distribuição rigorosos”, o que limita os retalhistas com os quais é possível trabalhar, sobretudo com a ausência da experiência sensorial.

Para dar resposta a isto, a solução do chamado unicórnio luso-britânico passou por encerrar a divisão que oferece maquilhagem, assim como produtos de cuidados para o corpo ou para o rosto. Um dos primeiros passos passa por vender a Violet Grey.

Com cerca de 4 milhões de clientes ativos em cerca de 190 países, a Farfetch está cotada na bolsa de Nova Iorque desde 2018. Desde a sua estreia, as ações da empresa já caíram mais de 70 por cento.

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