“O cabelo é tudo”, afirma, convicta, a personagem de Phoebe Waller-Bridge, na série “Fleabag”. A afirmação pode parecer exagerada, mas o seu monólogo cheio de paixão num salão de cabeleireiro, que aconteceu no quinto episódio da segunda temporada, é capaz de convencer até as mais céticas (ou desleixadas).
“Gostávamos que não fosse assim para que pudéssemos pensar noutras coisas ocasionalmente. Mas é”, continua a protagonista, que dá nome à produção. “É a diferença entre um dia bom e um mau. Devemos pensar que é um símbolo de poder, que é um símbolo de fertilidade. Algumas pessoas são exploradas por causa dele e é assim que pagam as suas malditas contas.”
Muitas mulheres adorariam ter o cabelo sempre bem penteado, hidratado e com os fios todos no sítio certo. Por isso, quando os dias descabelados duram meses a fio, recorrem com frequência a secadores e alisadores. As mais esperançosas investem mesmo em gadgets de alta tecnologia que asseguram um milagre. São escolhidos na esperança de conseguirem controlar a cabeleira (por mais indomável que seja) e reduzir a quantidade de passos da rotina matinal.
“Atualmente, todas gostam de ter o melhor e, na maior parte dos casos, pedem a opinião de um profissional. O facto de ser um produto utilizado por especialistas é um bom indicador”, começa por contar à NiT João Batalha, educador de cabelos da GHD. “E a tecnologia de ponta consegue resultados eficazes, mais seguros e mais duradouros, em menos tempo.”
Ainda assim, na hora de escolher, a temperatura que estas ferramentas utilizam “é sempre o indicador mais recomendado” de que se trata da ferramenta ideal. É difícil chegar a um consenso sobre o nível de calor, mas temperaturas a partir dos 185 graus começam “a danificar e a alterar a estrutura interna dos fios, transformando-os permanentemente”, acrescenta.
“Não há regeneração possível”
Se não estiver atenção a isso, é importante estar atenta aos primeiros sinais de excesso de calor. Escamação, vermelhidão e secura são alguns dos sintomas de que tem o couro cabeludo demasiado seco e desidratado. Nessas situações, deve evitar-se logo o contacto direto com o vapor dos secadores — e não só.
Caso queime o cabelo, “deve parar e utilizar o dispositivo e procurar a opinião de um profissional para perceber o que pode ter acontecido”, visto que pode haver vários motivos. No entanto, se chegar a este extremo, “não há regeneração possível”, garante.
“São muitas as histórias deste género que conheço, sendo que os motivos são sempre os mesmos. A escolha de ferramentas muito rápidas e quentes, a não utilização de proteção térmica ou falta de hidratação do cabelo. Daí a recomendação profissional, para cada caso, ser indispensável.”
Mantenha uma rotina de cuidados regular
Já se sabe que há produtos que devem ser utilizados diariamente — seja um bom champô adequado à espessura dos fios, um condicionador e, claro, um bom protetor térmico. Mas a rotina de cuidados para manter a cabeleira saudável, mesmo recorrendo a esta tecnologia, implicam um maior cuidado.
Uma das principais dicas é levar o cabelo periodicamente com um champô de limpeza profunda. O objetivo é limpar “resíduos de cloro das piscinas, sal do mar ou enxofre das águas termais”. Depois, deve aplicar uma máscara de hidratação adequada ao seu tipo de cabelo. Por fim, a proteção solar é sempre uma mais-valia, mas torna-se indispensável na estação quente.
“Os instrumentos não devem ser utilizados em cabelo húmido, só quando estiver completamente seco e com protetor térmico”, alerta. Porém, existem algumas exceções a esta regra, como a Duet Style da GHD, que pode ser usado nos fios ainda molhados, ou o Platinum Prime da ID Italian.
As diferenças entre o verão e o inverno
A verdade é que a rotina de beleza é muito maior (e mais chata, temos que admitir) durante o verão. Além do calor destas propostas, com a exposição extrema ao sol, os fios capilares têm tendência para ficarem muito mais frágeis. E não se resume só à proteção solar, mas também a propostas que “que permitam secar sem danos e num só passo, mantendo a hidratação onde é necessária, no interior do fio de cabelo”.
Com temperaturas menos extremadas, as ferramentas térmicas podem dar resposta às atuais tendências de beleza com: um cabelo saudável, sedoso e brilhante. E com menos danos. É por isso que “a procura aumenta a cada dia, já que o do-it-yourself (“faz tu mesmo”, em português) é um fenómeno crescente, principalmente nas camadas mais jovens.
No fundo, são objetos que “permitem conseguir looks mais naturais ou mais sofisticados”, dependendo do objeto de cada um, conclui o profissional. E têm múltiplas aplicações, porque certos modelos podem ondular, alisar, enrolar ou secar o cabelo em muito menos tempo daquele que precisaria.
Leia também o artigo da NiT sobre os gadgets de luxo que prometem um cabelo de sonho para perceber se valem o investimento. Comparámos equipamentos de algumas das principais marcas do mercado.
A ferramenta dois em um da GHD (399,99€), a placa de cabelo SteamPod 4 (399€) e o modelador Dyson Airwrap (579€) e são três dos exemplos de aparelhos desenhados para profissionais, que já entraram nas casas de milhares de mulheres. O hype em torno de cada um deve-se à longa lista de promessas que os anunciam como o Santo Graal dos cuidados capilares. Com a ajuda das redes sociais gerou-se uma reação em cadeia e muitas mulheres querem testar a eficácia.
Aproveite e carregue na galeria para conhecer mais equipamentos que estão a revolucionar as rotinas de beleza, incluindo opções mais acessíveis.
