A entrada numa nova estação é uma época bastante procurada para fazer uma mudança de visual, que vão desde cortes arrojados até a adoção de novos tons. Entre as diversas opções disponíveis nos salões, há uma técnica de coloração que, nos últimos anos, tem conquistado cada vez mais adeptas.
A balayage, assim se chama, consiste em clarear o cabelo, mantendo, no entanto, a raiz intacta. Antes de iniciar o processo, é feita uma análise do formato do rosto da cliente, de modo a identificar as zonas que deverão ser realçadas com tons mais luminosos. Como é feita recorrendo ao esfumado, o resultado é sempre natural, evitando marcas visíveis ou alterações drásticas do tom base.
A primeira versão surgiu nos anos 2000 e baseava-se na aplicação de uma mistura de tons loiros, chocolates e ruivos. “Era uma técnica muito popular e considerada chique e sofisticada”, relata Karlos Wendell, hair stylist, em entrevista à NiT. A versão atual, a balayage francesa, difere da original na liberdade de escolha de tonalidades.
Enquanto a original trabalhava com a cor natural dos cabelos, aclarando-a até três tons, a mais recente permite usar qualquer cor. “Na balayage francesa podem ser utilizadas todas as tonalidades. Primeiro faz-se uma descoloração, depois aplica-se a cor escolhida em mechas diagonais, trabalhando os tons para um acabamento luminoso”, explica Karlos Wendell.
Apesar da utilização de descolorações, a técnica é considerada relativamente pouco agressiva para o cabelo, sendo realizados testes antes do procedimento. No entanto, para manter o resultado impecável, é necessário um retoque mensal para disfarçar o crescimento das raízes.
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O profissional com 45 anos, que trabalha num salão em Corroios, destaca a popularidade da técnica entre mulheres com cabelos grisalhos, permitindo-lhes uma renovação total do visual. A versatilidade da balayage francesa é uma das suas grandes vantagens: “Fica bem a toda a gente porque podemos trabalhar várias colorações, adaptando-as a qualquer tom de pele.”
Os tons avermelhados e castanhos são os mais populares nas estações mais frias. A personalização é chave: “Se a cliente for morena, escolhemos um chocolate, por exemplo, enquanto para peles mais claras, os tons claros são os mais adequados. É sempre adaptado às características individuais”, salienta.
Após a aplicação da técnica, Karlos Wendell recomenda uma rotina de nutrição intensiva e reconstrução dos fios para preservar a saúde do cabelo. O hair stylist também desaconselha o uso excessivo de fontes de calor, como modeladores e placas de alisamento. O secador é a exceção e não deve ser dispensado, pois “a secagem ao natural pode fragilizar as mechas, tornando-as mais suscetíveis à quebra” — como analisamos neste artigo da NiT.
A coloração com balayage francesa demora entre uma hora e meia a duas horas e o custo varia entre 150€ e 180€, dependendo do comprimento e volume do cabelo.
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