Beleza

O novo creme hidratante português pode ser usado por todos, desde grávidas a bebés

Sofia Branco e Ana Moutinho decidiram criá-lo após uma viagem à Tanzânia. O produto já foi aprovado pela Infarmed.
Demorou quase uma década a estar pronto.

Durante uma viagem à Tanzânia, Sofia Branco e Ana Moutinho observaram com atenção os costumes que os locais tinham com os cuidados de pele. Tudo era feito com matérias-primas que se encontravam na natureza, no seu estado mais puro. Sentiram-se inspiradas por aquele estilo de vida e, nesse mesmo ano, em 2016, começaram a pensar em como podiam implementar a rotina no seu dia a dia.

Para isso, criaram um laboratório amador e começaram a fazer experiências com diferentes ingredientes. Cerca de sete anos depois chega, finalmente, o resultado: a Raísi. A marca desenvolvida pelas duas amigas foi lançada a 16 de março deste ano, com o lançamento de um novo creme hidratante que resulta em todos os tipos de pele, quer sejam secas ou oleosas.

As amigas conheceram-se num retiro que decorreu num castelo numa vila alemã, em 2016. “Estávamos as duas à procura de uma forma diferente de estar na vida. Abordámos e praticámos diversas metodologias de coaching. Foi um processo profundo e muito transformador do ponto de vista pessoal. O ambiente do castelo rodeado por uma floresta ajudou de facto a abstrairmo-nos de tudo o resto “, conta à NiT Ana Moutinho, de 43 anos.

Formada em Gestão na Universidade do Minho, já trabalhou na área de consultoria de gestão para outras empresas nacionais. Atualmente, aplica os conhecimentos que adquiriu neste novo negócio. Por sua vez, Sofia Branco, de 31 anos, sempre esteve ligada à área farmacêutica. A mãe tinha uma farmácia, e ela mesma tirou um curso neste ramo. Apesar dos backgrounds profissionais diferentes, as duas amigas queriam juntar estas mais-valias para lançar um único projeto.

“Não queríamos criar uma marca artesanal. É verdade que já existem muitas no mercado e que são boas, mas queríamos algo ainda mais a sério”, aponta Ana.

Foi por isso que, durante uns anos, deixaram a etiqueta em standby enquanto pensavam em formas originais e legais de fazer o projeto crescer. “Queríamos que cumprisse todos os critérios para dizermos às pessoas que podem usar os nossos produtos com toda a confiança”.

Foi aprovado pela Infarmed.

Na zona da Grande Lisboa encontraram um laboratório que respeita todas as exigências impostas pela Infarmed, e é precisamente aí que continua a trabalhar diariamente. Embora o catálogo inteiro da marca se resuma a este creme, garantiram que o produto é 100 por cento aprovado pela entidade reguladora. “Está de acordo com tudo o que é exigido”.

Ao contrário de muitos hidratantes, o bálsamo Raísi não tem água na sua composição. A razão é bastante simples. “A água acaba por dissolver os outros ingredientes e tira muitas dos benefícios. Além disso, quando a adicionamos a um produto há uma maior probabilidade de se criarem fungos.”

Graças a esta ausência, a aplicação do creme poderá ser mais difícil daquilo a que estamos mais habituados, mas, isso não significa que seja complicado. Na composição encontramos matérias-primas como manteiga de Macadâmia, óleo de coco, óleo de grainha de uva, amido de milho e óleo essencial de gerânio. “Queríamos que fosse o mais natural possível, quase como se tivéssemos ido à natureza pegar nos ingredientes”.

A grande bandeira do bálsamo é mesmo a hidratação. Ana conta-nos que, por vezes, aplica o creme no rosto e no corpo de manhã e no dia seguinte ainda sente o efeito. Também tem algumas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o que ajuda com questões relacionadas com problemas de pele, como a psoríase ou as estrias. E como não tem nenhuma componente nociva, pode ser usada nos bebés e nas grávidas — conforme provaram os vários testes de segurança que realizaram.

Por enquanto, o bálsamo da Raísi apenas está à venda no site da marca portuguesa. Uma embalagem com 100ml de produto custa 23,50€.

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT