Ainda antes de se casar com o atual rei de Inglaterra, em 1981, Diana Spencer já atraía hordas de paparazzi curiosos, que a esperavam à porta do jardim de infância onde trabalhava, em Londres. Os fotógrafos não se cansavam da rapariga com olhos claros misteriosos e cabelo loiro, curto, — o famoso estilo pixie, do qual a princesa se tornou a principal embaixadora.
Todos os anos, à medida que se aproxima o verão, as mulheres mostram-se prontas para cortar alguns centímetros dos fios. Algumas inspiram-se neste legado de Diana, outras olham para o clássico bob. Se for o seu caso, pode optar pela reinterpretação moderna (e mais divertida) do look da antiga princesa de Gales.
O wixie cut, como é chamado, atinge o ponto ideal entre um pixie e shag (ironicamente, o corte associado à rainha Camilla), devido à textura mais suave, volumosa e algo despenteada. “É um corte despojado que emoldura mais o formato do rosto, não fica tão colado à cabeça e é feito mais com a tesoura”, explica à NiT Adriano Lopes, cabeleireiro no salão Art.Z.
O próximo nome explica o corte, “que tem entre 8 a 12 centímetros”: junta as palavras “winged” e “pixie”, sendo o primeiro termo uma referência às mechas de cabelo que criam a moldura do rosto na parte da frente, à volta das orelhas ou da nuca, de forma relaxada.
Um dos aspetos mais importantes a ter em conta é que o estilo não é influenciado pelo formato do rosto. “[A cabeleira] torna-se uma extensão da cara. Quando se faz o penteado, consegue alongar-se mais para fora ou para dentro”, acrescenta.
É especialmente lisonjeiro para quem tem rosto em forma de coração, pois acentua as maçãs da face e o queixo. O visual também resulta melhor “com um estilo de cabelo ondulado, entre o liso e o médio, porque se for muito grosso tem tendência a flutuar.” No entanto, qualquer pessoa que queira apostar numa afirmação mais ousada pode arriscar.
Quem preferir algo mais elaborado, pode ser combinado com uma franja mais curta. Outra opção, para manter a essência despenteada após a lavagem, é deixar o cabelo secar e criar um pouco mais de movimento com um difusor.
Ao contrário do pixie, “em que o degradé na lateral desaparece passado um mês”, esta alternativa tem outra vantagem. A manutenção é muito menos exigente: “[O cabelo] vai crescer e chega a uma altura em que se assemelha a um bob, perto do ombro. É essa altura, passados cerca de três meses, que deve voltar ao cabeleireiro”.
O facto de ter um acabamento rebelde e um aspeto despenteado, de forma propositada, exige pouco esforço de manutenção. É um corte que assume um estilo, que Beyoncé descreveria como “I woke up like this” (ou seja, “acordei assim”).
Uma das preocupações a ter, para prolongar a longevidade, é usar bons produtos de finalização. Uma boa mousse vai ajudar no caso de cabelos com fios finos ou médios, mas para cabelos mais grossos, como precisa de muito peso, um creme hidratante é uma das melhores soluções.
Se precisa de inspiração extra, carregue na galeria para ver como várias mulheres apostaram no corte wixie.
