Decoração

Esta casa de sonho com o formato de uma gaivota é uma escultura habitável

A moradia em Maiorca, Espanha, faz parte das Bird Houses de Albert Rubio. Está à venda por quase seis milhões de euros.
Foi construída nos anos 90.

Albert Rubio teve a ideia das chamadas Bird Houses no final da década de 90. Inspirado pela liberdade que sentia nas paisagens de Maiorca, para onde se mudou aos 25 anos, transportou os ensinamentos de várias viagens para casas com um formato inovador. Cada uma representava o gesto de um pássaro que abre as asas e voa sobre as falésias.

“Penso que a arquitetura, para o bem e para o mal, tem uma grande influência na vida humana”, revelou o uruguaio à agência imobiliária Brinkman. “Uma escultura é pensada como algo para ser visto, não para ser vivido. A minha ideia é que as pessoas têm de viver numa escultura e acredito que, quando o fazemos, a nossa vida muda.”

A Villa Gaviota, uma moradia de sonho em Andratx, um município de Maiorca, em Espanha, é uma das primeiras desta série, construída em 1998. Vista de cima, a moradia assemelha-se a um bando de gaivotas brancas prestes a levantar, e está agora à venda por 5,7 milhões de euros.

Caracterizada pelas curvas e espaços amplos, a casa destaca-se pelos telhados brancos e pelas formas onduladas da cobertura, desenhadas para estarem em harmonia com a envolvente. Cada um dos espaços amplos foram criados com inspiração nas paisagens do sul europeu.

Inserida numa propriedade com 1.600 metros quadrados, a moradia conta com 680 metros quadrados. O projeto inclui cinco quartos e cinco casas de banho, assim como três cozinhas e várias salas de estar e jantar, a maioria delas a funcionar em open space.

Estas áreas estão rodeadas por jardins vastos, com plantas mediterrânicas e palmeiras. No exterior, os donos dispõem de uma piscina infinita, vários terraços com vista para o mar e um terreno inteiramente ajardinado, fundindo a propriedade e a paisagem. Uma piscina adicional, pouco profunda, foi concebida para os miúdos.

As comodidades não se ficam por aí. Existe ainda um apartamento separado, para alojar o staff permanente. Já por baixo da propriedade, nas profundezas das rochas, existe uma adega escavada para armazenar vinhos.

A cobertura diferenciada.

“Para mim, não há exterior nem interior”, salienta o arquiteto. “A questão é que o conteúdo e a forma são o mesmo. A casa tem de ser integrada, tem de ser holística, de todos os cantos da casa até ao centro.”

Com linhas fluidas, o design parte do centro para as asas dos telhados para criar interiores abertos e espaçosos. A escolha dos materiais também foi importante, nomeadamente as grandes janelas de vidro, que permitem a entrada de luz natural, e os tetos abobadados com vigas.

No interior, vão surgindo ondas inesperadas na carpintaria, uma característica que ecoa em todas as divisões, seja nas paredes ou até em prateleiras. “A ideia é acrescentar alguns pequenos toques para chamar à atenção para certas peças e lembrar que a vida não é uma coisa assim tão séria.”

Os tons escolhidos, como o branco e terracota, também prestam homenagem, segundo o arquiteto, às cores do Mediterrâneo. “Estão no mar, no céu e nas rochas”, acrescenta. A atenção aos detalhes e à paleta de cores surge da inspiração no México, que acredita ter “a melhor arquitetura do mundo.”

Com base no trabalho de figuras como Gaudí, Rubio explora o simbolismo do voo e da liberdade associado aos pássaros para inspirar tranquilidade aos proprietários. “Abrem as asas para as vistas e voam sempre em direção a elas. Não voam para trás, apenas para a frente.”

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