Durante a quarentena, Madalena Pereira, de 26 anos, começou a fazer experiências e a cultivar as suas próprias flores em casa. Das flores frescas da época que semeou e fez crescer, surgiu a ideia de criar uma marca que desse a conhecer a toda a gente as suas potencialidades. E foi assim que nasceu a FLO, um projeto que lançou oficialmente no mercado no primeiro dia de outubro.
A cada cliente, a marca disponibiliza uma caixa com diferentes componentes, que permitem semear e cuidar das flores, ou proceder à sua secagem. “Sempre gostei de ter flores em casa. Sinto que alegram uma sala, uma vida. Apercebi-me que podemos encontrar uma calma extraordinária nas tarefas mais simples que existem”, começa por contar a flower designer.
Segundo Madalena, a pandemia “obrigou-nos a abrandar, respirar fundo e reavaliar as nossas prioridades” e a FLO surge como um projeto adaptado a esta nova realidade, em que se elevam valores como a sustentabilidade, a originalidade e um propósito maior. O objetivo, explica, foi criar uma marca que valorize e nos mostre cada fase de vida de uma flor.
“Existe já uma oferta vasta de produtos para hortas domésticas. No entanto, esse não é o nosso mercado. A FLO trata exclusivamente de flores e tudo o que gira em torno destas”, sublinha. Na prática, isto traduz-se numa loja online com vários kits adaptados às vontades dos clientes.
Por lá, vai encontrar a “Growing Box” (16,50€), com terra orgânica, seis vasos compostáveis, três pacotes de sementes, seis etiquetas de madeira e instruções para plantar; a “Flower Press” (30€), para criar obras de arte com as suas flores; a “Flower Showcase” (18€), uma peça em madeira para expor 12 flores naturais secas; a “Weareflo Box” (40€), uma espécie de mix de todos os kits; e ainda um set de postais floridos (6€).
Quem gostar mesmo de surpresas pode ainda pedir uma “Surprise Box” para si próprio ou para oferecer — é uma caixa de subscrição “faça você mesmo” que custa 26€ por mês e pode ser entregue mensalmente ao longo de três meses, seis meses ou um ano.
Todos os materiais do packaging usados na composição de todas as caixas são sustentáveis, biodegradáveis e compostáveis, feitos de materiais naturais como o papel e a madeira, sem qualquer recurso aos plásticos.
Madalena Pereira tirou uma licenciatura com mestrado integrado em Engenharia Civil, com especialização em Estruturas, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Trabalhou dois anos num private equity e despediu-se em janeiro para trabalhar numa área completamente diferente: assistência de produção em festivais de música. Com a chegada da pandemia de Covid-19 ao nosso País em março, ficou desempregada e encontrou nas flores um escape e uma paixão.
As propostas da FLO são contínuas e estão sempre disponíveis para venda, com várias edições limitadas ao longo do ano e produtos exclusivos da época. Além das caixas de flores, a marca tem serviços de flower design e personalizações de produtos para ocasiões especiais — pode contactá-los pelo Instagram ou através do site.
Nesta nova realidade, a marca oferece produtos que querem levar um rasgo de natureza até às nossas casas e obrigar-nos a travar e a voltar às origens. “Nada é imediato, tudo tem um tempo, o tempo da natureza a germinar ou a secar. FLO é um momento que pode ser partilhado até com os mais novos e tornar-se uma atividade de família”, conclui Madalena.