Decoração

Kabuki: a marca nacional que o ajuda a remodelar a sala sem dar cabo do orçamento

Esqueça as preocupações com os móveis mais adequados ou as cores certas. O projeto trata de tudo através da plataforma online.
Existem três pacotes que pode escolher.

Remodelar a casa é um desejo que muitos têm, mas poucos conseguem realizar. Pintar as paredes, mudar os móveis de lugar, repensar a decoração não coisas que se façam depressa — e muitos acabam por desistir antes de começar. Não precisa de ser assim.

A marca portuguesa de design de interiores Kabuki, lançada em dezembro, surgiu para simplificar este processo através de uma plataforma online. Por trás da ideia, está um casal que tinha como objetivo democratizar a renovação de cada divisão. A arquiteta Sofia Silva, de 34 anos, aliou a sua especialização às valências do companheiro, formado em gestão. Diogo Colaço, 36, trata do marketing e dá a conhecer um serviço de remodelação que, até ao momento, ainda não estava presente em Portugal.

“Nos últimos 10 anos, vivemos em países como a China e a Singapura, com um ritmo de vida muito diferente do se vive na Europa”, conta Diogo. “Queríamos um conceito voltado para a digitalização, onde a rapidez e a facilidade com que se acede aos serviços é a prioridade.”

Por isso, numa indústria tão tradicional como o design de interiores, viram a oportunidade de descomplicar e transformar o processo que depende de orçamentos num serviço mais estandardizado, através de uma oferta pré-definida que está toda online, à distância de um clique.

Ao entrar no site, o cliente pode requisitar o serviço pretendido — de renovar um espaço, alterando apenas alguns detalhes, até ao staging de uma casa — e enviar todas as informações: as medidas, o estilo a adotar e o orçamento disponível. Tudo é feito à distância.

“Apesar de funcionarmos no digital, através de reuniões e trocas de fotografias, há o cuidado de envolver as pessoas em todo o processo”, acrescenta. “Temos o cuidado de envolver os clientes em cada passo, deixando ao seu cuidado os aspetos mais importantes da transformação”.

As opções disponíveis

O modelo de negócio assenta em três pacotes, sendo que o primeiro consiste na consultoria de design, “para alguém que já sabe o que quer e só precisa de conversar com um profissional”. No final, é produzido um relatório onde são respondidas todas as questões: “A pessoa pode querer comprar um sofá cinzento, mas não se enquadra na paleta de cores do espaço”.

Ao subir a oferta, já existe um trabalho de estruturação, com a Kabuki a criar uma planta do espaço e um moodboard, sugestão de mobiliário e, claro, um relatório final. Por fim, o pacote mais completo, implica uma lógica de maior personalização. É oferecida uma lista de compras ao cliente com as lojas devidamente identificadas em vez de algo genérico.

A inspiração que dá nome ao negócio vem do estilo de teatro japonês, Kabuki, conhecido pela dramatização e pela maquilhagem peculiar, e a escolha não foi uma coincidência. “Achamos que a nossa casa é o palco onde nos sentimos confortáveis para receber e até para atuar com a família ou amigos”, diz.

No entanto, os projetos que o casal desenvolve não são inspirados na estética asiática. Do mercado oriental, trouxeram apenas a forma de olhar para a indústria. “Na China, olha-se para o design europeu com alguma reverência e é o que queremos seguir”, avança Diogo. “Não queremos correr o risco de parecer excessivos ou tornar a casa num protótipo asiático.”

Por isso, seguindo a filosofia de que a decoração não tem de ser onerosa, focam-se nas necessidades do cliente com base nas tendências sazonais. Por um lado, podem ir buscar o estilo nórdico que tem estado na moda, mas também trabalham um estilo moderno “com statement pieces como apontamentos na divisão”.

“Hoje em dia, existe uma grande mescla entre estilos. Não vamos abandonar o gosto clássico, mas se estivermos a trabalhar num armazém, a tendência é pensarmos numa decoração industrial, em open space, com uma paleta de cores mais escura.”

Outro fator importante é perceber se o cliente tem o espaço já mobilado e existe valor sentimental. A Kabuki não remove o móvel da avó com mais de 100 anos ou o cadeirão da bisavó que sobrevive ao teste do tempo. Em vez disso, existe o “cuidado de adaptar esta componente emocional ao design, juntando peças vintage a outras mais modernas”.

“É difícil mudar ideias tão enraizadas. Quando pensam em alterar a sala, as pessoas pensam logo em pedir um orçamento”, conclui. “Mais do que uma simples marca de design, queremos ser responsáveis por introduzir novas formas de olhar para esta indústria tão tradicional.”

Pode requisitar o serviços da marca através do site. Os preços oscilam entre os 149€ e os 699€.

Carregue na galeria para ver alguns dos trabalhos desenvolvidos por Sofia e Diogo, que incluem uma casa no campo, um quarto de criança e um apartamento em Campo de Ourique.

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