Lojas e marcas

A nova marca nacional para miúdos é uma explosão de cor — e a roupa não tem género

Todas as peças foram criadas para passar entre gerações e serem partilhadas por irmãos. São divertidas, originais e práticas.
As peças são super divertidas.

Durante uma arrumação no sótão, são poucos os pais que não encontram roupa que os filhos usaram apenas duas ou três vezes. Por isso, são cada vez mais as famílias que apostam em peças que passam entre irmãos, sejam partilhadas por primos e cheguem aos netos.

Em 2022, a Color Square foi lançada como uma concept store dedicada aos brinquedos. Agora, a mãe e a avó por trás da ideia, Inês e Teresa Figueiredo, com 39 e 63 anos, lançaram a sua marca própria de vestuário infantil com o mesmo nome. O objetivo é simples: as peças são intemporais e unissexo para aumentar os seus ciclos de vida.

“Idealmente, teríamos lançado tudo ao mesmo tempo. Sempre pensámos que o projeto teria o diferencial de ter uma coleção de roupa”, explica Inês, mãe de três filhos, à NiT. No entanto, devido a atrasos de produção, os desenhos coloridos, gráficos e divertidos só chegaram ao mercado no dia 30 de março.

Composta por T-shirts, sweatshirts, camisolas, coletes, calças, leggings, jardineiras e macacões, a coleção vai do 1 aos 11 anos. Pensada para ser “usada o ano inteiro” e “para durar muitos anos”, está cheia de padrões e objetos que aludem para a infância — como uma máquina fotográfica sorridente.

Os desenhos foram assinados pela ilustradora Maria Remédio, a primeira convidada de uma série de artistas portugueses que se seguem: “A nossa ideia sempre foi que a marca nascesse destas parcerias. Queremos desafiar criativos a trazer a sua arte para a roupa, porque eles estão habituados ao papel”, acrescenta.

As peças não têm género.

Com um estilo geométrico, a sua visão resultou em desenhos com cores fortes, sobretudo primárias, que retratam a alegria dos mais novos. Lápis, estrelas, planetas e borboletas são alguns desses exemplos. “Ilustrei coisas de que gosto. [São] coisas simples de um mundo complexo. Cada ilustração é uma representação do que me liga à infância”.

Outro fator que distingue as propostas é o facto de não terem género. As silhuetas são práticas e as cores vivam “adaptam-se a qualquer miúdo”. Assim, podem ser partilhadas entre irmãos ou primos, vendidas ou emprestadas, e a marca torna-se mais duradoura.

“Se tem um filho rapaz, e não sei o sexo do seguinte, pode comprar roupa que todos se sintam confortáveis a usar”, conclui Inês. “Como mãe só de rapazes, muitas vezes vou ver as coleções das meninas e, se for giro, compro para eles.”

A história da concept store

Lançada em setembro, a Color Square surgiu como um projeto com marcas que “estimulam a criatividade dos mais novos e o free play”. A ideia começou a ser desenhada pelas fundadoras há três anos, incentivadas pela pandemia e pela experiência familiar: Inês é mãe de três rapazes, Teresa já é avó.

As duas trabalham na área cosmética, ligadas pelos laços familiares à indústria farmacêutica. Porém, foi uma viagem a duas até Paris e Amesterdão, em janeiro de 2022, que marcou o início do negócio. Desses passeios, a dupla trouxe os primeiros artigos da loja.

Embora seja uma concept store nacional, reúne mais de 30 parcerias com empresas internacionais. “É a one-stop-shop onde as famílias podem encontrar tudo o que precisam para educar miúdos felizes”. Desde arts&crafts a livros, passando pelos jogos e brinquedos de construção em madeira ou plástico reciclado, só faltava mesmo a criação da marca da casa com vestuário.

O objetivo já está cumprido, mas não faltam outras metas para a empresa. Além da internacionalização da marca, a dupla quer investir na abertura de um espaço físico ainda este ano. As clientes sentem necessidade de ver e tocar na curadoria de brinquedos que a etiqueta tem à venda.

Quanto ao lançamento, todas as peças estão disponíveis no site da Color Square entre os 12€ e os 75€. Carregue na galeria para conhecer algumas das propostas.

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