As piores condições de vida dos portugueses, por causa da inflação, estão a refletir-se na crise do comércio nacional. Entre novembro de 2022 e janeiro deste ano, fecharam um total de 1638 lojas, revelam os dados do INE (Instituto Nacional de Estatística), citados pelo “Expresso”.
O valor registado no último trimestre do ano corresponde ao dobro das aberturas, assim como a duas vezes mais do que os espaços que fecharam no período homólogo. Em média, estão a encerrar 18 estabelecimentos por dia no País.
Um dos motivos apontados é a redução do consumo dos portugueses, um pouco por todos os setores. Porém, é no vestuário onde se nota um maior número de encerramentos, consequência da quebra enorme das vendas neste setor. Seguem-se as papelarias, mercearias e minimercados.
A lista inclui ainda os cabeleireiros, que têm dispensado vários colaboradores pela falta de clientes: “A tendência é preocupante e é inevitável que venha a refletir-se nos números do desemprego”, refere João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, ao jornal “Expresso”.