A gigante do ecommerce Amazon anunciou esta quarta-feira, 4 de janeiro, que vai demitir mais de 18 mil empregados, devido à “incerteza da economia” e por terem contratado pessoas a mais durante a pandemia da Covid-19. Esta vaga de despedimentos também se estende à Europa, embora ainda não se saibam quantos funcionários ficarão sem emprego no continente europeu.
“Entre as reduções que efetuámos em novembro e as que partilhamos hoje, planeamos eliminar pouco mais de 18 mil postos. Estamos a trabalhar para apoiar os afetados pela nossa decisão e oferecer-lhes pacotes que incluem indemnização, seguro de saúde temporário e ajuda externa para encontrar trabalho”, escreveu o diretor-executivo da Amazon, Andy Jassy, num comunicado que foi enviado aos trabalhadores.
O setor tecnológico dos Estados Unidos está a atravessar uma grave crise, o que está a causar cortes de empregos nas grandes empresas da indústria. O Twitter, por exemplo, desde outubro já demitiu cerca de metade dos seus 7.500 funcionários. Já a Meta, que detém o Facebook, anunciou em novembro de 2022 o despedimento de 11 mil trabalhadores. Em agosto do mesmo ano, a rede social Snapchat anunciou que iria reduzir a sua força laboral em 20 por cento, o que corresponde a 1.200 postos.
Na nota enviada aos funcionários, o diretor-executivo da Amazon afirma que “estes despedimentos são difíceis para as pessoas” e acrescenta: “A decisão não foi tomada de ânimo leve”. Os trabalhadores dispensados, tanto na Europa como nos Estados Unidos, serão informados a partir de 18 de janeiro. Muitos já sabem, contudo, porque um dos colaboradores da empresa “partilhou a informação externamente”.