Lojas e marcas

Arcu: a nova loja de acessórios em Lisboa personaliza as peças ao gosto dos clientes

Miguel criou a marca quando percebeu a falta de opções no mercado. Neste espaço, os clientes fazem os pedidos ao seu gosto.
Rui Andrade é cliente da marca.

Via uma pulseira que adorava, experimentava e, no fim, ficava sempre “a boiar” no pulso de Miguel Neves. As tentativas de comprar joias do jovem de 29 anos raramente tinham um final feliz, sobretudo devido à falta de opções masculinas no mercado. As medidas nunca eram inferiores aos típicos 20 centímetros.

Decidido a resolver o problema, Miguel começou a criar as próprias peças, sem intenção de transformar o que fazia num negócio. “Publiquei uma fotografia no Instagram e, como tinha muitos seguidores, começaram a perguntar-me o preço”, recorda à NiT.

Influenciado por várias amigas, arriscou vender o único modelo que tinha — vendeu logo dezenas de unidades. A verdade é que, mesmo sem formação, a sua criatividade foi suficiente para chamar à atenção das cerca de 5 mil pessoas que, na altura, o acompanhavam nas redes sociais.

A Arcu nasceu em 2016, quando uma amiga lançou uma marca de óculos e Miguel decidiu fazer uma aposta semelhante. Quando o negócio “começou a dar certo”, acabou por desistir do curso de arquitetura e passou a dedicar-se a tempo inteiro a este projeto.

“Tive um grande boom na altura da pandemia. As vendas aumentaram mesmo muito”, recorda. Além disso, foi um período em que o catálogo também passou a ter cada vez mais opções de escolha, o que atraiu mais clientes do que poderia imaginar.

Para dar resposta aos pedidos, Miguel abriu o primeiro espaço físico em 2021. Instalou-se no Beato, a zona de Lisboa onde nasceu e morava, passando a dedicar-se mais ao público feminino. Porém, quando participou uma feira de Natal no Rossio, no ano passado, percebeu que queria estar presente numa zona mais central — entre portugueses e turistas.

No final de julho, a Arcu ganhou uma nova morada nas Avenidas Novas, junto à Avenida Duque de Ávila. No espaço, os clientes continuam a encontrar as peças “de qualidade, em aço inoxidável, e feitas à medida” de cada um. Ali, encontrará propostas ousadas para homens e para mulheres.

Durante meses, Miguel passou diariamente pelo espaço que agora ocupa quando ia para a faculdade de autocarro. Sempre estranhou ver aquele edifício abandonado há mais de duas décadas. Um dia, reparou num anúncio e entrou em contacto para ficar com o imóvel que, nos anos 90, funcionava como uma papelaria e casa de apostas.

Na decoração, quis manter-se fiel à loja anterior, com uma parede coberta de plantas sintéticas em contraste com os móveis mais neutros, colocando as peças expostas em destaque. Além das joias, têm as meias originais da Captain Socks, as velas artesanais da Ecosi e os óculos da Broolls.

Quem passa por lá, costuma levar fotografias de uma peça que sempre quis para que o designer possa criar algo parecido. Há algumas alterações, como pedras ou medalhas diferentes, mas tenta tornar a ideia real. Na primeira loja, trabalha à frente dos clientes, com uma máquina de gravações e laser.

Quanto ao nome, explica, escolheu o termo em latim para a palavra “arco”, uma vez que é a curva que todas as peças fazem — seja à volta do pulso, do pescoço ou dos dedos. Além disso, “como a bijuteria é utilizada desde os nossos antepassados”, decidiu recuperar uma língua antiga.

Todas as peças da Arcu estão disponíveis online. Os preços variam entre os 8€ e os 25€.

Aproveite e carregue na galeria para ver mais imagens da nova loja e da oferta que encontra no espaço.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Rua de Xabregas, 20H
    1900-440 Lisboa
  • HORÁRIO
  • Segunda-feira a sábado das 10h às 19h

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT