Lojas e marcas

Arrependeu-se de uma compra online? H&M passou a cobrar devoluções

A taxa é aplicada em Portugal desde o verão. A medida poderá ser estendida a outras gigantes da moda.
Uma novidade que muitos não vão aprovar.

Uma das principais consequências da pandemia na adoção de novos hábitos de consumo foi o aumento exponencial das compras online. A prática tornou-se tão comum que muitos deixaram de se deslocar às lojas físicas. Isto significa, contudo, que o número de artigos devolvidos por não corresponderem às expetativas começou a bater recordes.

Depois da Uniqlo, da Next e da Zara, há mais uma marca a cobrar pela devolução de peças encomendadas online. A H&M adotou a medida este verão, revelou um porta-voz do grupo sueco à BBC.

“As devoluções de compras realizadas pelos clientes não registados têm um custo de 1,95€. Este montante será deduzido ao reembolso a receber”, pode ler-se no site da etiqueta em Portugal. Contudo, o retorno continua a ser gratuito para os consumidores inscritos na base de dados da H&M.

Imagine, portanto, que comprou uma peça online por 20€, mas, por algum motivo, está não correspondeu às expectativas. Se ativar a devolução com pedido de recolha em determinada morada, apenas receberá 18,05€ de reembolso. Porém , esta taxa de retorno não se aplica aos artigos comprados em loja. Como alternativa, pode sempre dirigir-se aos espaços físicos da marca.

Entre os motivos por trás da decisão da H&M, está o facto do volume de artigos devolvidos pelos clientes ter aumentado exponencialmente e dos armazéns demorarem muito mais tempo a processar o stock devolvido.

A etiqueta sueca começou a testar o modelo de aplicação das taxas na Noruega e no Reino Unido ainda no final do ano passado. Alguns meses depois, foi a vez da Zara anunciar a mesma estratégia.

Vários analistas estimam que outras marcas sigam o exemplo da retalhista sueca. “Faz sentido do ponto de vista económico, pois desencoraja os compradores de comprarem produtos online em grandes quantidades, para depois devolverem a maioria deles. Isso tem sido um problema real”, explica o especialista em retalho Jonathan De Mello, ao mesmo canal.

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT