Nascida nas praias da Costa Vicentina, a Pagaya tem feito várias paragens pelo País e acabou de se instalar, por fim, na capital. No interior do espaço, inaugurado no número 17 da rua das Portas de Santo Antão, a 21 de dezembro, as propostas de vestuário e acessórios da marca nacional misturam influências da terra e do mar com o ambiente citadino.
A chegada a Lisboa, que estava prevista desde a origem da marca, em 2018, vem acompanhada de “uma energia muito própria”. Apesar de já marcar presença em sete localidades — Porto Covo, Zambujeira do Mar, Vila Nova de Mil Fontes, Sesimbra, Cascais e Ericeira — o ponto de venda da capitl distingue-se por quebrar com a sazonalidade que prevalece nos restantes.
“A cidade de Lisboa está a ferver e, por nos permitir estar abertos o ano inteiro, faz com que a identidade do espaço seja diferente”, explica à NiT Miguel Jesus, 58 anos, responsável pela loja. Apesar da abertura não coincidir com o período de maior turismo, a partir de março, a localização permite que os visitantes se dividam, de forma equilibrada, entre portugueses e estrangeiros.
Quando se trata de moda, as cores e os padrões ultrapassam barreiras linguísticas. A montra está repleta de meias divertidas e engraçadas que formam uma espécie de puzzle colorido que tem incentivado quem passa a entrar.
A decoração interior da loja não é menos criativa. Num corredor, entre malhas e camisas, surge um elemento decorativo que replica uma mota preta, inspirada no design da Vespa e que também serve como expositor. No móvel, encontram-se malhas dobradas de forma quase cirúrgica. TA inspiração surgiu da “vontade de trazer para a cidade as cores e os materiais referentes à praia, mas sempre com um toque vintage”.
“Cada artigo é individual”
Os bestsellers da Pagaya começaram por ser artigos de beachwear, como calções de banho, biquínis e T-shirts. No entanto, Miguel explica que têm introduzido “mudanças a nível de design para acompanhar as tendências e ampliar o catálogo da marca” para dar resposta às necessidades dos clientes do inverno.
“Nos últimos tempos, acrescentámos os algodões à produção e as malhas passaram a fazer parte da oferta”, acrescenta. “As peças cativam clientes de todos os géneros e gerações, porque são pensados para várias faixas etárias, de miúdos a pessoas com mais idade”.
Quanto às coleções, apostam numa abordagem mais sui generis. Uma vez que trabalham com excedentes, “cada artigo é individual. É uma mais- valia para o consumidor, porque não existem inúmeras cópias do mesmo modelo, uma característica que o torna mais exclusivo.”
A origem das matérias-prima é nacional desde o início do negócio. Trata-se de uma filosofia que precede a Pagaya, uma vez que a etiqueta surgiu a partir de outra marca que já existia na Costa Vicentina e que contava com uma experiência de 20 anos. “Todas as ideias tiveram origem lá, onde o sócio original vivia há muitos anos.”
Nos primeiros tempos, todos os artigos eram feitos em solo nacional. No entanto, parte da produção foi deslocalizada para unidades fabris noutros países, de forma a manter o equilíbrio entre a qualidade e os preços acessíveis. No caso do vestuário, os valores das peças variam entre os 18€ e não ultrapassam os 50€. Apesar das alterações na introduzidas na linha de produção, a etiqueta “orgulha-se de ser uma marca portuguesa”, frisa Miguel Jesus.
A loja da Pagaya em Lisboa está aberta todos os dias das 10 às 20 horas. Além dos outros sete pontos de venda espalhados pelo País, a marca também tem loja online e página no Instagram. Carregue na galeria para descobrir a nova loja da marca na capital.
