A Hirundo conta com pouco menos de um ano, mas é um verdadeiro caso de sucesso. Desde que lançou a primeira coleção, em dezembro de 2021, o negócio português já vendeu mais de metade das suas sapatilhas sustentáveis, com um design muito cool, em mais de 30 países. De forma a dar resposta à demanda internacional, lançaram uma loja online no mês de setembro e, em outubro, preparam-se para abrir um espaço em nome próprio.
Na EmbaiXada, no Príncipe Real, os antigos e novos consumidores dos artigos da etiqueta vão cruzar-se, na última semana de outubro. “Sempre quisemos ter uma loja física. Andámos à procura durante algum tempo e encontramos uma disponível”, explica Eduardo Serzedelo, cofundador, sobre a oportunidade de se instalarem num dos bairros mais trendy de Lisboa. No palacete do século XIX, um destino comercial in da cidade, encontram-se vários projetos de cultura, moda e design nacionais.
Devido à natureza de todas as etiquetas que terá como vizinhas, Eduardo sabe que está no local certo. “As marcas à volta têm todas muito a ver connosco”, afirma. Não só são todas portuguesas, como a maioria são sustentáveis, independentes, e sem processos de produção massificados. Além disso, a localização num sítio tão icónico atrai tanto as famílias portugueses, como dá continuidade ao mercado internacional, com um “turismo que não é de massas”.
Porém, o projeto também foi criado para ser dado a conhecer ao mundo. “Desde o princípio que tínhamos muita procura fora de Portugal, mas quisemos sempre ter uma presença forte no País”, avança. Depois de algum tempo a trabalhar fora, em países como o Brasil ou a Inglaterra, os irmãos Eduardo e Filipe retornaram às origens. Agora e, em parceria com outros dois sócios, Pierre Stark e Ann Massal — os quatro com idades compreendidas entre os 36 e 50 anos — , decidiram lançar este sucesso.
Apresentaram os modelos pela primeira vez através de uma plataforma de crowdfunding. “Criámos o Kickstarter por duas razões: primeiro porque nos permitiu ganhar maior visibilidade. Logo no primeiro mês vendemos 35 mil euros, o que, para uma marca que não existia e com mais de 50 por cento dessas vendas a virem do estrangeiro, não está mau”, detalharam.
Venderam para países como os Estados Unidos da América, a Alemanha, o Reino Unido e a França, de onde são oriundos os outros dois sócios da marca. A clientela está espalhada por vários continentes, até na Oceânia, onde já venderam para locais como a Nova Zelândia e a Ilha da Reunião, no Oceano Índico.
Em todos estes países, os clientes ficam encantados pelos modelos relativamente minimalistas, com uma identidade própria, e a qualidade pela qual Portugal é reconhecido: “É por isso que vemos cada vez mais países a produzir cá”, revela. Das peles às palminhas, passando pelos componentes interiores, tudo é proveniente de fornecedores nacionais.
Aproveitando a estética deslumbrante do edifício, com muitos tons neutros, os fundadores da Hirundo refletiram sobre o que queriam transmitir. Decidiram que a loja tinha de representar um estilo de negócio distinto dos shoppings tradicionais: “Não vamos mostrar os sapatos de maneira tradicional, expostos em prateleiras nas paredes”, diz. Os responsáveis reconhecem as limitações do espaço e querem organizar as peças de forma livre.
Apesar do sucesso, o objetivo não é ficarem apenas por um modelo. Embora exista muito para explorar com as sapatilhas, já estão a pensar numa linha de artigos complementares. Com a abertura do espaço físico, vão passar e vender meias também e, no futuro, querem acrescentar outras novidades para continuar a cativar os clientes.
Pode saber mais sobre a marca no site e, a partir do final do mês de outubro, pode visitar a loja da Hirundo no número 26 da Praça do Príncipe Real, em Lisboa. Os horários são os mesmos da EmbaiXada, das 12 às 20 horas, de segunda a sábado, e das 11 às 19 horas, aos domingos. Carregue na galeria para conhecer os modelos que irá encontrar por lá, por 145 euros cada par.