Em 2011, a mulher de Rowan Seddon-Harvey convenceu-o a trocar a chuvosa Manchester, no Reino Unido, pela luminosa capital portuguesa. A chegada a Lisboa coincidiu com o nascimento do primeiro filho do casal de ingleses que, naturalmente, deu início à tradicional busca incessante por todos os artigos que o novo membro da família iria precisar.
A viver em Campo de Ourique, sentiam-se bem instalados num bairro onde não faltam cafés e lojas com tudo o que os miúdos precisavam. Bem, quase tudo. Repararam que havia poucos espaços dedicados aos recém-nascidos e que tivessem roupa pré-natal e todos os outros indispensáveis acessórios.
Cansado de dar aulas de inglês, o professor de 46 anos arriscou num novo negócio. Em 2011 abriu a BabyCool com artigos de puericultura de todas as formas — e que hoje todos os miúdos e famílias da zona conhecem. “A ideia começou de forma muito pequena. Durante um ano e meio, não tínhamos a loja aberta e estávamos a vender apenas por marcação”, recorda à NiT. “Só trabalhávamos com duas ou três marcas.”
A verdade é que o negócio cresceu e agora ganhou uma nova morada. A BabyCool chegou ao Parque das Nações a 2 de outubro com uma seleção de produtos dos 0 aos 6 anos. Já são mais de 400 marcas diferentes, que trabalham com pediatras, psicólogos e outros especialistas.
“Viemos para o outro lado de Lisboa, porque ainda não havia muita oferta nesta zona e fica afastado do primeiro espaço”, explica. “Queríamos trazer as nossas propostas para mais perto de outras pessoas, incluindo quem vem da Margem Sul, por exemplo.”
Com 160 metros quadrados, o ponto de venda foi escolhido por permitir a divisão entre a área de puericultura, com cadeiras e carrinhos de todos os feitios, e a zona dedicada aos brinquedos e artigos mais pequenos. “É uma réplica da divisão que já tínhamos em Campo de Ourique.”
“Escolher um carrinho de bebé pode demorar uma hora. Nenhum pai quer ter quatro ou cinco miúdos em cima deles a escolher brinquedos enquanto passam por esse processo”, refere. “Gosto que os clientes tenham mais liberdade e esta organização permite um atendimento mais personalizado.”
Entre as propostas destacam-se marcas bastante conhecidas como a norte-americana Melissa & Doug. A lista inclui ainda outras etiquetas vindas de todos os cantos do planeta como a Maped, a FUNtoche, a Science4you, a Goula, a Djeco e Hoppstar, a Janod ou a Little Duch.
Se na loja online são as malas de maternidade que mais vendem, o bestseller na loja física são as bolas de sabão. Destacam-se ainda as bases para as cadeiras da Cybex que, segundo Rowan, ocupam o primeiro lugar no valor de faturação anual da Baby Cool.
Atualmente com seis filhos, entre 1 e 13 anos, o fundador viu os mais novos crescer com a marca. “Costumo dizer que tenho uma pequena equipa de testes de produtos. Levo muitos para casa para eles experimentarem”, refere. “Dá-nos uma sensibilidade diferente sobre os produtos certos.”
Além disso, tem mais de uma década de experiência a ouvir o feedback do resto da equipa ou dos clientes, com alguns deles a tornarem-se amigos. “Gosto de ouvir a opinião de toda a gente, porque também faz parte da nossa história.”
Com mais um objetivo atingido, Rowan quer continuar a apostar no crescimento online e a levar informação para as plataformas da BabyCool — sempre com a ajuda de especialistas. E não vai ficar por aqui. “Sou uma pessoa de muitas ideias e vou querer levar este negócio mais além”, conclui.
Além das lojas físicas, todos os artigos da BabyCool estão disponíveis no site da marca. Há artigos a partir de 50 cêntimos.
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