Lojas e marcas

Béhen: a marca portuguesa que faz sucesso lá fora abriu a primeira loja em Lisboa

Tal como o ADN desta marca, o espaço está cheio de referências nacionais. Vale a pena passar por lá.
Joana Duarte é a fundadora da Béhen.

A curiosidade e a vontade de explorar novos mundos marcaram a vida inteira da designer de moda Joana Duarte. Manteve sempre um pé em Portugal, mas viajou por vários países. Num deles, na Índia, ao entrar em contacto com aquela cultura rica em cores, sons e cheiros, o seu cérebro fervilhou de ideias. E foi precisamente ali que nasceu o sonho de criar a sua marca: a Béhen.

Assim que chegou a território nacional, após ter terminado o seu mestrado em Londres, na Kingston University, em 2018, começou a projetar a sua insígnia. Esta, que se enche de elementos de tudo aquilo que é tipicamente português, nasceu em outubro de 2019.  Poucos meses depois, em março, estreou-se na Moda Lisboa com uma coleção original.

A linha acabou por receber boas críticas e tornou-se num verdadeiro sucesso. Desde então, a portuguesa de 26 anos passou a ser presença assídua na semana de moda nacional. E até apareceu em várias publicações de moda internacionais — com a “Vogue” ou a “Vanity Fair”. Agora, no dia 12 de janeiro deste ano, deu mais um passo na construção da etiqueta e abriu o primeiro espaço em Lisboa.

Foram múltiplos os motivos que levaram a designer a investir nesta loja situada na Baixa da capital. “Apesar de eu ter um espaço que é um armazém onde faço a confusão toda, em Santarém, faltava-me outro, em Lisboa, que fosse muito típico  — do pouco que ainda existe — dos bairros de cidade. Daí a escolha da rua Poiais de São Bento“, começa por explicar à NiT.

Joana Duarte acrescenta: “Depois, muitas das nossas peças são feitas por medida, por isso precisam de vários feetings para ter a certeza de que a peça fica no seu melhor. Por isso, precisávamos de algo que fosse de fácil acesso aos nossos clientes. E claro, o facto de ser algo deste tipo também ajuda a criar uma relação muito mais próxima com o cliente do que em comparação com outras marcas ou designer”.

El Madrileño na capa da Vanity Fair com uma camisa da Béhen.

Existe outro motivo que pesou na hora de decidir se abria ou não o seu primeiro estúdio, em Lisboa. “Sentia que eram peças que o desfile só por si não chegava para mostrar. Como são coisas muito detalhadas — estamos a falar de, por exemplo, bordados de vidrilhos de Viana do Castelo, que são muito minuciosas —, precisam que as pessoas as vejam de perto. E também faz sentido que as pessoas conheçam toda a história por trás e cada peça. E contá-la através das redes sociais ou de um desfile acaba por ser mais complicado do que aqui, onde, em contacto direto, consigo passar melhor essa mensagem — seja ela das técnicas, seja da própria história das peças”, conta a fundadora da Béhen.

E acrescenta, sobre a nova loja física: “Existe muito para além daquilo que vai a desfile, porque há coisas que eu vou fazendo e acrescentando. Também existem objetos que fazem parte da cultura portuguesa e que me ajudam a contar a história das peças (…) É todo um universo que está aqui montado para ajudar a criar esta ligação com elas. E isso é algo que as pessoas também reconhecem, como aconteceu no início com as colchas”.

Através da decoração, repleta de peças feitas à mão por artesãos ribatejanos, este novo espaço cria a perfeita simbiose entre aquilo que é a Béhen e o que ela representa. Carregue na galeria para conhecer melhor esta loja lisboeta.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Rua Poiais de São Bento, nº52
  • HORÁRIO
  • Por marcação

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