LET'S ROCKBasta um olhar atento às redes sociais de Bruna Rafaela para desvendar um pouco do gosto da jovem. Em cada publicação, destaca-se a paleta de cores neutras e claras, os detalhes femininos e os cortes intemporais das peças que a estudante de medicina, de 25 anos, tem no armário.
Mesmo quando anunciou a gravidez, a 20 de abril, junto do noivo Pedro Gonçalves, jogador do Sporting Clube de Portugal, conhecido como Pote, a Bruna optou por usar este estilo para a sessão fotográfica oficial. Entre os desejos de felicidades, houve quem aproveitasse para, mais uma vez, ficar de olho nas escolhas de moda.
Desde 2023, este gosto está refletido nas coleções da Brunela, a marca de roupa lançada pela criativa. Composta por “peças especiais e intemporais”, todas feitas em Portugal, a etiqueta foi criada para oferecer básicos premium, que servem como alternativa consciente à fast fashion.
“Sempre disse que gostava de ter a minha marca, mesmo que fosse médica”, explica Bruna à NiT, aluna na Universidade do Minho. “Entretanto, surgiu a oportunidade de tirar um curso de design de moda, que já terminei, e decidi juntar as duas coisas. Ganhei muitas ferramentas que queria usar.”
Desde então, a identidade da marca começou a desenhar-se. Após uma coleção de estreias com vestidos de festa que remetem para contos de fada, a oferta transformou-se. Os essenciais minimalistas passaram a ser o destaque da etiqueta, através de tops e T-shirts desenhados para perdurar no tempo.
“Aprendi que temos de nos ajustar ao mercado em que estamos inseridos. Por mais que tenha ideias fora da caixa e queira ter uma marca diferenciada, é importante estudar o que é procurado pelo mercado nacional. Há certas coisas nas quais as pessoas não vão investir”, acrescenta.
A pensar nisto, lançou uma linha com propostas “que podem ser facilmente usadas em qualquer estação e que as clientes possam ter sempre no armário, que estarão sempre bem”, continua. “Compram uma peça e depois querem o resto da coleção porque dizem que a qualidade vale a pena.”
O detalhe que marca a diferença é o estampado do logótipo, desenvolvido pela fundadora. São dois B que se fundem, não só em referência ao nome pelo qual é conhecida desde a adolescência, mas também como uma metáfora, já que representam as duas facetas de Bruna: a estudante de medicina e o lado mais artístico
“Quando estou a desenhar as peças, imagino logo o produto. Penso logo nos tecidos e tento encontrar fábricas que só trabalhem com aquele tipo de matéria-prima”, destaca a jovem, que colabora com confeções no norte do País e em Lisboa. “Todo o acabamento vai depender da forma como a fábrica a finalizar.”
Com a coleção de verão a caminho, revela ainda que o objetivo “é manter sempre as cores mais neutras e os cortes mais básicos”, para não serem usadas apenas uma vez. Desta forma, em vez de coleções sazonais, tem em vista “entre uma a duas linhas por ano”, com menos quantidades e desperdício.
Apesar do sucesso, Bruna sublinha: “Não vou lançar coisas que não gosto só para vender. Tudo é desenhado e pensado por mim, então tem de ser ao meu gosto. Tento enquadrar sempre os meus interesses.”
A estratégia não passa por abrir uma loja física, mas apostar nas vendas online e em mercados espalhados pelo País, sobretudo no norte do País. Nos últimos meses, tem participado em vários na tentativa de “fazer com que as pessoas confiem” ainda mais nos produtos que oferece.
“Quero crescer sem sobrecarregar o mercado com demasiados produtos. O futuro passa por manter a qualidade através de coleções-cápsula, mais pequenas e que não sejam só para vender”, conclui, reforçando que o vai fazer enquanto desenha a identidade da Brunela.
Todas as peças da marca estão disponíveis online. Os preços variam entre os 35,95€ e os 45,95€.
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