Lojas e marcas

Campo. Os novos óculos de sol nacionais usados por Chiara King e José Condessa

A marca oferece “produções limitadas por valores acessíveis”. As peças feitas à mão têm “design vintage” e são um sucesso.
Modernos, mas vintage.

Andam na boca, ou melhor, andam na cara de toda a gente. Já víamos os óculos de sol polarizados no rosto de Elton John, que os popularizou nos anos 70, mas também se tornaram na imagem de marca de Johnny Depp a cada red carpet. Pelo meio, entraram para a wishlist de Rihanna, Bella Hadid ou Kanye West.

Inventados em 1929 pelo norte-americano Sam Foster, estes acessórios foram um sucesso imediato, sobretudo entre as estrelas de Hollywood, que acabaram por popularizar esta tendência nas décadas seguintes. Hoje em dia, já são uma das peças mais vendidas em todo o mundo.

Em Portugal, o estilo chega graças a uma estreante no mercado, a Campo Eyewear. Trata-se de uma marca que óculos de sol feitos à mão, lançados oficialmente a 25 de julho, que “combinam um estilo intemporal com um design vintage”. E já somam milhares de fãs.

Por trás do projeto, estão dois amigos de longa data. Válter Silva, de 31 anos, e Daniel Garcia, 23, tiveram a ideia durante “aquelas conversas filosóficas de café, na praia, a olhar para paisagens giras”, contam à NiT. Já queriam criar um negócio juntos, então só faltava uma análise de mercado.

Modelo, engenheiro e empreendedor, Válter esteve envolvido no lançamento de várias marcas, sobretudo de moda, através da consultoria e de projetos de engenharia de gestão industrial. O sócio, por sua vez, sempre gostou do universo do luxo e estava atento ao mercado dos relógios ou da joalharia, por exemplo.

“Notámos que o mercado dos óculos estava dividido em três segmentos a nível de materiais: premium, intermédio e base. As pessoas estavam a procurar mais opções mais elevadas e diferenciadas, mas ainda não havia tanta concorrência nesse nicho”, acrescenta Daniel.

Juntos, decidiram oferecer edições limitadas e feitas à mão, “criando uma comunidade acessível para as pessoas”, diz Valter. “Apesar da qualidade, era importante colocar um preço razoável. Priorizámos o reconhecimento em vez de termos logo uma faturação gigante.”

A ideia foi, desde o início, criar óculos com lentes semitransparentes e adicionar um toque de cor, inspirados precisamente no estilo de Depp. Trata-se de “uma lente que permite ver os olhos das pessoas” e que, notaram, tem crescido no mercado entre os grandes players internacionais.

 
 
 
 
 
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“Os óculos já não servem apenas para usar quando está sol. Já apanhamos pessoas a usá-los em restaurantes ou em discotecas”, nota. “A tendência está a evoluir para uma etapa em que o acessório deixou de ser sazonal ou apenas funcional.”

Após lançarem os dois primeiros modelos, o projeto começou a ter tração. O resultado? Tiveram mais de 5 mil visitas em cerca de 3 dias. Agora, já estão a preparar novos lançamentos com produções mínimas de 200 unidades para dar resposta à procura. Sempre com a mesma premissa: produções limitadas, valores acessíveis.

Entre os clientes, estão várias personalidades conhecidas no nosso País. Nas redes sociais, as propostas da Campo surgiram nos looks do ator José Condessa, por exemplo, ou da atriz Chiara King, com mais de 1 milhão de seguidores. Tiago Bandeira, Artur Catfish, Lucas Dutra e Bernardo Faria também fazem parte da lista de clientes.

“Muitas destas pessoas são minhas amigas. Quando lanço algo novo, são as primeiras a querer comprar e apoiar”, aponta Válter. “Identificam-se muito com o estilo e fazem a publicidade por nós. Só sabemos quando entramos nas redes sociais e vemos as fotografias.”

Um dos objetivos da dupla é desenhar coleções-cápsula desenhadas com algumas personalidades mais conhecidas. “Lá fora, vamos fazer alguns trabalhos em Espanha, com a malta da série ‘Elite’ para atingir outros patamares”, revela.

Até agora, todos os modelos são desenhados pelos dois sócios que trabalham com fornecedores nacionais, responsáveis por fazer à mão cada unidade em confeções no norte do País.

Quanto ao nome da marca, é uma junção entre a alcunha de Válter e uma homenagem às origens de Daniel, natural de Campo Maior, em Portalegre. “Sempre tive este nome na cabeça, mas não sabia onde o aplicar. Fez sentido porque adorava aqueles nomes curtos e sonantes das marcas de luxo.”

O próximo passo, concluem, passa pela internacionalização da Campo. Um dos primeiros passos é fazer colaborações com outras insígnias de luxo, que possam incorporar os óculos de sol nas suas sessões fotográficas, e apresentar coleções em cenários como uma semana da moda.

Com novos modelos previstos para setembro, não têm dúvidas do que se segue. “Queremos chegar ao maior número de pessoas possível. O nosso objetivo é andar a viajar, estar a passear num país e ver pessoas a usar as nossas peças.”

Os óculos da Campo Eyewear estão disponíveis por 100€ no site da marca. Carregue na galeria para os conhecer.

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