Durante muitos anos, quem passava pela rua Castilho, no Estoril, via um deserto onde antes se erguia um icónico centro comercial. Nos últimos anos, porém, o Castil voltou a ter vida graças aos novos negócios que escolhem o edifício para se instalar. É o caso da Castilho Concept Store, que se relocalizou para o rés-do-chão do espaço emblemático em dezembro de 2022.

Da moda feminina e masculina à joalharia de autor, acessórios, decoração e plantas aéreas, o negócio reúne um pouco de tudo. A nova loja, apesar de mais pequena do que a anterior (localizada igualmente no mesmo centro comercial) junta ainda mais marcas.

“O público não conseguia descobrir onde estávamos, então mudámos para uma localização que se mostrou mais vantajosa”, conta à NiT Teresa Conde Belo, de 53 anos. “Agora os clientes já sabem que estamos ali e querem ver as marcas que estão expostas.”

Desde que a fundadora teve o ímpeto de avançar com o projeto, o foco nunca se alterou. Todo o conceito é construído em torno de marcas 100 por cento portuguesas e, neste momento, já são cerca de 18 etiquetas convidadas. Destaca-se o vestuário feminino de Maria Calheiros, os bonés cool da Pickles, as flores perfumadas da Mineral e várias cerâmicas nacionais.

Entre as propostas que se mantêm, está a moda masculina da Imago, com uma linha sempre jovem, o vestuário feminino da Sors ou da Ninas, e o Armazém das Malhas, com gorros e meias de lã, cachecóis, botas tipo alentejanas e pullovers.

O principal objetivo continua a ser apresentar artigos diferentes, que não se encontrem facilmente noutros espaços e que os clientes possam identificar com a curadoria da Castilho. “Temos muitas coisas que passam ao lado da maior parte das pessoas que não são frequentadoras assíduas das redes sociais, porque muitas das marcas que cá temos não têm pontos de vendas físicos”, adianta.

Quanto às vantagens, não se ficam apenas pela maior afluência. Utilizaram o mobiliário em madeira que já tinham, reajustando-o ao novo espaço, mas que agora está em maior destaque devido à iluminação diferente que a concept store recebe. Na montra, Teresa procura “mostrar o máximo de variedade do que temos cá dentro e tem de corresponder à parte de roupa de senhora, de homem e decoração”, os três focos.

Apesar do desejo de mudança a fundadora nunca pensou abandonar o Castil. “Muitas pessoas ainda vêm com o sentido de que se trata de algo velho”, destaca, porém, que conseguem atrair clientes que procuram qualidade e novidades, o público-alvo da marca.

Quando a empreendedora decidiu avançar com a ideia, após décadas a trabalhar no setor têxtil, queria não só dinamizar a zona, mas também introduzir mudanças no segmento do retalho físico: “Achámos, a determinada altura, que havia pouca oferta para as marcas que existiam no mercado, mas que estavam muito dependentes das transações na internet”.

Tal como aconteceu em muitos outros projetos, a pandemia teve impacto no projeto. “É certo que as vendas online subiram um bocadinho, mas com o acalmar da pandemia e com o regresso à normalidade, quisemos ter um lugar onde pudéssemos mostrar aquilo que se vai fazendo em Portugal”, acrescenta.

Devido ao ritmo frenético a que surgem novos negócios, o objetivo da fundadora é estar sempre a renovar a curadoria, algo que as pessoas também pedem. As marcas têm rotatividade e, se for possível encaixar mais, serão incluídas futuramente: “Temos de ter sempre novidades, mesmo que sejam pequenas”.

A Castilho Concept Store vai ganhar um novo ponto de venda em 2023, mas não será físico. Em fevereiro, todos os artigos vão passar a estar disponíveis também online, num site próprio, onde os clientes poderão fazer encomendas e ir levantá-las à loja.

Enquanto espera pelo lançamento, pode visitar o espaço no rés-do-chão do número 39 da rua Castilho, no Estoril. Carregue na galeria para ficar a conhecer melhor a loja.