Beatriz Goiana da Silva, de 29 anos, sempre teve uma paixão pelas manualidades, uma paixão que começou na infância, quando visitava o atelier de corte e costura da Dona Lina em Santo Tirso, onde a observava a confecionar roupas para a sua família. Agora, a jovem empreendedora fundou a HIKI.MAI, uma marca de carteiras feitas em croché e macramé, com apoio da sogra, Margarida, do pai e do namorado.
Antes de chegar à HIKI.MAI, Beatriz teve uma trajetória diversificada: estudou enfermagem, trabalhou como assistente de bordo e, finalmente, formou-se em psicologia, completando o seu mestrado este ano. A ideia de criar marca surgiu quando procurava modelos de carteiras versáteis e coloridas, que não conseguia encontrar no mercado. A partir daí criou um conceito em torno de peças em croché e macramé, duas técnicas quase ancestrais que fazem sucesso especialmente no verão.
Margarida Almeida, de 65 anos, já as praticava desde há muito tempo e a margem para erros era mínima. Beatriz, que entendia zero do assunto, aproveitou a habilidade da sogra e resolveram avançar com o projeto. Só faltavam os materiais certos, que acabaram por encontrar rapidamente.
“Procurava uma nova manualidade para pôr em prática e, por coincidência, a mãe do meu namorado, Margarida, tem imenso jeito para fazer macramé”, começa por contar a empreendedora à NiT.
HIKI.MAI, que em havaiano significa “chegar, receber e acolher com alegria”, reflete o espírito das criações. Beatriz está ativamente envolvida em todo o processo, desde a conceção até à finalização dos sacos.
“Neste momento faço mesmo tudo. Tenho a ajuda da Margarida que vive em Coimbra, da Dona Lina que faz os forros em Santo Tirso, e do meu pai que também aprendeu as técnicas”, continua a jovem de 29 anos.
O desafio de conciliar o trabalho em equipa, vivendo no Porto, é superado pela determinação de Beatriz, que continua a criar e desenvolver o negócio com a ajuda da família, fazendo da HIKI.MAI um projeto verdadeiramente familiar. “Ando sempre a saltar de um lado para o outro. Vou buscar os trabalhos acabados a ambos os sítios e depois faço os acabamentos como costurar as etiquetas”, acrescenta.
As carteiras estão disponíveis em dois tamanhos: grande (30€) e pequena (20€), e em várias cores, como salmão, lilás, bege, cinza, azul, verde e rosa. Os forros podem ser feitos num tom personalizado e, além disso, os sacos são laváveis com os devidos cuidados. Devem ser colocadas num saco de rede, sem o uso de amaciador, para que as fibras não se estraguem.
A oferta da HIKI.MAI inclui ainda um chapéu de pescador (bucket hat) colorido e personalizável, disponível por 30€, além de toucas de croché feitas à medida, a 15€. Entre as novidades, destaca-se um top em macramé que irá complementar os acessórios. Todas as peças são confecionadas em 100 por cento algodão (puro ou reciclado).
A nova coleção, que está prestes a ser lançada nas próximas semanas, será elaborada utilizando a técnica de croché feita apenas com os dedos, sem o uso de agulhas.
Beatriz também já está a desenvolver a coleção de inverno. “Acredito que tudo correrá bem, apenas preciso de confiar nisso”, afirma.
Carregue na galeria para ver os modelos disponíveis na loja online da HIKI.MAI.