Maria Razzanti trabalhou no mercado financeiro, em Londres, no Reino Unido, durante um ano e meio. Era vista como um caso de sucesso, no entanto, a jovem começou a perceber que não se identificava com a área e, em setembro de 2024, decidiu regressar a Portugal. Apesar dos receios iniciais, abandonou o emprego e decidiu apostar no mundo da moda.
“As minhas amigas sempre me disseram que passava muita verdade através do meu estilo e que o meu futuro podia passar por isso”, refere a criativa, de 26 anos, à NiT. “Sempre foi essa a minha definição de estilo. É quando olhamos para a pessoas e sentimos que veste aquilo que é.”
A partir desta premissa, fez nascer a Mar Razz. A primeira coleção, intitulada High Key, foi lançada a 23 de março com cinco peças “essenciais para a mulher contemporânea” que combinam estilos como o clássico, o romântico e o sexy. “Este projeto é uma história de amor, porque foi aqui que me escolhi”, diz.
Entre as propostas, destacam-se os tops com pormenores arrojados e vestidos curtos, descontraídos e sensuais, com referências às icónicas silhuetas dos anos 2000. Durante o processo criativo, Maria procurou inspiração em estilos de décadas passadas, mas que se mantêm atuais.
“Acredito que os ciclos se repetem e é importante olhar para o que a moda já foi. Só assim percebemos para onde pode ir”, acrescenta a fundadora. “Sou muito observadora, sempre fui, e presto muita atenção aos cortes e aos detalhes que caem bem no corpo das mulheres.”
A linha High Key é, por isso, inspirada na ideia de nostalgia. “É um convite para abraçarmos as nossas emoções e de relembrar a mulher a ter coragem de ser inteira”, continua, sublinhando que quer manter a intemporalidade em todo o trabalho.
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Estas propostas vão funcionar como uma coleção base, mas a fundadora quer alargar o catálogo aos poucos. Nas primeiras semanas de abril, vai lançar uma peça única que pretende chegar a um público mais velho. “O meu objetivo é criar uma comunidade de mulheres que celebram todas as suas partes”, sublinha.
“Podem ser as jovens da minha idade, insatisfeitas com a indústria da fast fashion, mas também mais velhas. Quero abranger diferentes perfis e que todas se sintam bem”, diz.
A Mar Razz, esclarece Maria, insere-se num segmento de mid luxury, pelo que a durabilidade é um dos principais pilares do negócio. A fundadora tem concentrado os esforços em tornar este projeto num sinónimo de qualidade, ao mesmo tempo que oferece elegância.
É precisamente desta missão que surge o nome da marca, que surgiu numa conversa com uma amiga. “Já nos conhecemos há quase 20 anos e ela sempre me chamou assim. Sugeriu usá-lo para a marca”, explica. “Pareceu-me descabido, mas faz todo o sentido. Quando me apaixono por uma etiqueta, quero perceber quem está por detrás e entender se me identifico com a filosofia.”
Numa fase inicial, para tornar isto possível, Maria visitou mais de 50 fábricas até que encontrou a confeção ideal no norte do País, mais precisamente em Santa Maria da Feira. “Levei muitas respostas negativas, mas soube desde o início que seria este o caminho. A nossa produção é ótima”, continua.
Embora a Mar Razz tenha chegado agora ao mercado, a criativa já tem a internacionalização em mente. Com experiência em países como Espanha ou Inglaterra, afirma que tem “conhecido muitas pessoas de várias nacionalidades” e que facilitam essa expansão.
Todas as peças da marca estão disponíveis online. Os preços variam entre os 79€ e os 109€.
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