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Lojas e marcas

Gogvan é a nova marca nacional de camisas sustentáveis “e sem floreados”

As propostas seguem um estilo clássico e surgem em linho ou flanela. A linha de verão inspira-se no calor mediterrânico.

Os amigos Bernardo Lemos e João Vilas-Boas estavam a viver em Londres, no Reino Unido, quando, a certa altura, começaram a olhar com mais atenção para as etiquetas das peças de roupa. Quando visitavam as lojas locais, notavam que muitas das camisas “com uma qualidade excecional” eram fabricadas em Portugal, mas vendidas “a um preço exorbitante”.

“Desde que temos esta amizade, sempre pensámos que, um dia, íamos desenvolver algum projeto juntos”, explicam à NiT. E foi numa conversa durante uma noite de verão que, de forma espontânea, esta experiência no retalho lá fora os motivou a avançar com a jornada no mundo têxtil.

Juntos, começaram a explorar o mercado até que surgiu a ideia da Gogvan, uma marca portuguesa de camisas sustentáveis e com um desenho clássico e simples. “Primamos pela simplicidade. Acreditamos que não há necessidade de ter grandes grafismos ou logótipos”, acrescentam.

Só tem cores neutras.

Nenhum dos dois tinha ligação à moda ou sequer ao design. Formado em economia, João, de 33 anos, trabalhou durante décadas no mundo da consultoria, enquanto Bernardo, de 32, licenciou-se em jornalismo e passou por várias experiências numa agência de comunicação.

Na primeira coleção de verão da etiqueta, inspirada no calor mediterrânico, a linha divide-se entre os modelos pensados para os dias quentes da época e para as noites de nortada da época. Há, por isso, modelos de manga curta e de manga comprida em vários tipos de matéria-prima.

Focada no conforto, a nova linha inclui modelos em linho macio e sustentável, em tons clássicos como o branco, o azul claro e o azul escuro, assim como propostas em flanela fina. Todos os tecidos utilizados na produção são 100 por cento ecológicos e 100 por cento portugueses.

“Começámos a pensar na marca na altura do inverno e achámos que íamos conseguir fazer tudo mais rápido. Acabámos por ter a flanela pronta apenas no início do verão, então decidimos juntar uma leva nova de modelos de linho para equilibrar”, explica. “A ideia do negócio era que a matéria-prima fosse boa, sem grandes floreados.”

Bernardo e João decidiram também introduzir um material chamado TENCEL, que descobriram através de um fornecedor. Feito a partir da árvore de eucalipto, o tecido “parece seda” ao toque. “Como é leve, fresco e com alguma elasticidade, é uma alternativa interessante ao linho.”

A Gogvan, cujo nome é inspirado em Van Gogh, tendo surgido após uma viagem aos Países Baixos, vai contar com uma coleção permanente à qual serão acrescentadas novidades regulares, alargando o catálogo apenas quando fizer sentido.

“Queremos ter um estilo intemporal e que as nossas peças se usem daqui a muitos anos. É um estilo clássico e que não está dependente de modas e tendências”, sublinham os fundadores. “Diria que as linhas do futuro também terão cores mais tradicionais e cortes mais simples, embora possamos ter um rasgo de criatividade.”

Apesar do foco no online, a estratégia da dupla passa por crescer tanto em Portugal, como na Europa. Atualmente, já contam com presença em vários mercados nórdicos, como a Suécia, a Noruega ou a Holanda, entre outros. “Queremos explorar mais destinos e pop up stores.”

E, acima de tudo, garantem que querem ser embaixadores “da riqueza que se faz em Portugal” no mundo inteiro. “Os nossos tecidos e a nossa indústria têxtil são um exemplo da qualidade lá fora.”

As primeiras propostas da Gogvan estão disponíveis no site da marca. Os preços variam entre os 70€ e os 85€.

Carregue na galeria para ver as propostas.

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