A “Gold House” é “um espaço único que celebra a fusão entre o saber-fazer parisiense e a arte artesanal tailandesa”, descreve a Dior. Após a bem-sucedida estreia do conceito, em Seul, na Coreia do Sul, há dois anos, a maison inaugurou a segunda concept store na passada sexta-feira, 6 de dezembro, na Tailândia.
O espaço, situado em Phloem Chit, no centro de Bangkok, nasceu da transformação de um simples parque de estacionamento num oásis tropical, com palmeiras, jardins aquáticos e uma réplica da sede da Dior, em Paris (30 Avenue Montaigne). A fachada, que apresenta um telhado de mansarda simulado e 300 janelas (também falsas), foi revestida com milhão de azulejos artesanais, de cor dourada.
Os 800 metros quadrados de loja e 2.500 de jardins acolhem as criações de sete artistas e artesãos tailandeses. Os seus trabalhos, de mobiliário e decoração, destacam-se pela sua complexidade e originalidade e são os verdadeiros protagonistas.
Luca Albero, diretor de criação e imagem de merchandising visual da Dior, é o principal responsável pelo conceito. O italiano imaginou seis cenários distintos e exuberantes onde estão expostos algumas das peças mais emblemáticas da marca francesa, desde vestuário (masculino e feminino), a sapatos, malas e acessórios.
Embora a oferta do espaço não inclua o segmento beleza, são apresentadas peças das mais recentes coleções da marca, bem como artigos exclusivos de Bangkok, como a discreta Lady D-Joy em couro dourado e bordado a pérolas. Outro dos destaques é a sala decorada com um arco-íris de carteiras Lady Dior.

Entre as peças criadas pelos artesãos locais destacam-se a flora e fauna tridimensionais de bambu de Korakot Aromdee, que decorum o café dirigido por Mauro Colagreco; a coleção de carteiras Lady Dior em filigrana de bambu de Savin Saima de Vassana; as mesas e cadeiras de Boonserm Premthada em resíduos de elefante; e as poltronas com mosaicos de espelhos de Eggarat Wongcharit.
“Conheci estes artistas tailandeses há alguns anos, na Milan Design Week, mas só agora foi possível desenvolver esta colaboração”, explica Albero. O design é uma sinfonia de detalhes. Há paredes revestidas com betão misturado com mármore de Carrara gravado com o padrão toile de Jouy da Dior; vitrines de vidro reciclado; uma cúpula dramática inspirada no Panteão de Roma, revestida com o estampado Cannage Montaigne. “tudo costurado à mão”, sublinha o diretor de criação.
Como já aconteceu noutros projetos de Albero, a Dior Gold House é mais do que uma loja: “é uma obra de arte efémera”. A marca tenciona desmontá-la “em dois ou três anos”. Entretanto, o italiano já está a trabalhar na próxima concept store da Dior, que será erguida em Tóquio, no Japão e abre no próximo ano.
Carregue na galeria para ver algumas imagens do espaço.