Entrar numa das lojas da Granado é percorrer 150 anos de história recorrendo a aromas e fragrâncias. E tudo começou com um português que, em 1860, se mudou para o Rio de Janeiro, encantando pela fauna e flora cariocas. Assim que pisou o Brasil, o país da Amazónia, transformou a sua riqueza natural num verdadeiro império tropical.
A perfumaria manteve-se três gerações na família de José António Coxito Granado, natural de Escalhão (no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, na Guarda). Em 1994, foi adquirida por um britânico, Cristopher Freeman, mas pouco mudou na essência do negócio, que se distancia dos produtos de farmácia.
Após a abertura de uma loja na Rua Garret, em Lisboa, no passado mês de dezembro, os aromas da etiqueta chegaram a Cascais a 18 de maio. O conceito instalou-se na Casa da Guia — a pop up store irá manter-se por lá, pelo menos, até ao final do verão.
“Estamos muito felizes com os resultados do primeiro espaço. Fomos muito bem recebidos em Lisboa, então quisemos investir mais”, conta à NiT Sissi Freeman, diretora de marketing da marca. “Quando surgiu esta oportunidade, percebemos que Cascais era um local onde o cliente não nos encontrava e seria mais uma forma de dar a conhecer a nossa linha.”
A equipa cruzou-se com o espaço, que ficava num jardim, durante um passeio. Não era um espaço comercial, mas uma casa de jardinagem que chamou logo à atenção pela predominância do verde ao seu redor e pela aparência exótica. “Achámos que ficava lindo abrir a loja como se fosse uma estufa de jardinagem”, acrescenta.

Além dos clássicos, como o icónico perfume Époque Tropical e as fragrâncias Boemia, entre os bestsellers da marca, há muitas novidades. É o caso da nova coleção Pássaros, que traz um pouco mais da fauna e da flora brasileira para o solo nacional. Além da cosmética, também encontra por lá os sabonetes sólidos e líquidos, velas e difusores.
À semelhança das restantes lojas, as fórmulas de cada uma das fragrâncias incluem muitos ingredientes naturais brasileiros, como a tonca, a baunilha, o caju ou a magnólia. A Granado trabalha com fornecedores locais de qualidade e para ajudar as comunidades de produtores.
“Em princípio, vamos ficar até ao final de setembro. Depois, quando começar a arrefecer, temos de avaliar se vai valer a pena ficar com o espaço durante o período mais frio. Vai depender do resultado”, acrescenta.
Além disso, a porta-voz sublinha que a marca não tem intenções de abrir mais lojas definitivas no País nos próximos tempos. Em vez disso, estão a apostar em espaços temporários e concept stores para se aproximarem dos portugueses. Já têm uma relação comercial forte com a Be We e, em maio, entraram nos espaços da Perfumes e Companhia.
Se visitar a nova loja, encontra produtos entre os 7€, no caso de alguns sabonetes, e os 120€, quando falamos de perfumes especiais. Sempre com embalagens modernas, coloridas e com o toque de dezenas de designers brasileiros, responsáveis pelas ilustrações.
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