A vontade de levar a identidade portuguesa ao resto do mundo tem movido novos projetos criativos. São lojas como a H.AMO, uma das mais recentes marcas de decoração nacionais, que gravam a portugalidade nas suas peças. Da longa tradição à modernidade que distingue o País, apresentam a novos mercados o potencial dos criativos portugueses.
Num final de tarde descontraído, o gosto pela decoração uniu quatro amigas em torno da vontade de explorarem o artesanato exclusivo. Carla Ramos, Sílvia Morais, Ana Moreira e Sandra Janeiro, todas com 50 anos, não deixaram que as atividades que desenvolvem em paralelo as impedissem de fundar a marca. Após alguns imprevistos, o arranque oficial aconteceu a março de 2022.
Desde o início, quando a ideia não passava de um esboço numa folha de papel, que o objetivo estava definido. Levar Portugal além das fronteiras e das línguas, é a motivação presente em todos os membros da equipa do projeto. “Queremos trabalhar o mercado externo, embora também trabalhemos o interno. Com o online, acabamos por atingir todos os mercados”, conta à NiT Carla Ramos, uma das responsáveis.
O mercado da saudade
“[O objetivo] é entrar no mercado da saudade, dos emigrantes que estão lá fora e dos estrangeiros que não conhecem os nossos artigos”, acrescenta. Este posicionamento assenta na forma como aliam as peças artesanais com conceitos inovadores, sempre orientadas pelo desejo de divulgarem as criações portuguesas.
Esta reinvenção criativa do tradicional e artesanal, o pilar da marca, resulta em desenhos que alcançam uma elegância contemporânea. Trabalham com padrões não só portugueses, mas mediterrâneos, que decoram artigos virados para o trabalho handmade.
Colaboram com muitos artesãos locais, mas também têm fornecedores estrangeiros: “Temos artesanatos de África, por exemplo, porque são coisas que nós gostamos e queremos trazê-los para cá”. E ainda trabalham com produtos exclusivos, originais da marca H.AMO e com valor acrescentado.
Carla destaca os frapés, disponíveis em três tamanhos, os jarros, as boleiras e as queijeiras. São todos exclusivos, envolvidos pela portugalidade, que resultam da transformação executada pela equipa da marca. “Neste momento, lançámos os individuais de papel num padrão vichy, que achamos que é um conceito engraçado para trazer para dentro de casa”, diz.
Quanto aos materiais utilizados, são sobretudo matérias-primas naturais que dão vida às criações da loja. Da terracota do barro aos tons neutros da madeira, tudo o que é artesanal tem uma ligação direta com as cores.
O mesmo verifica-se no uso das ráfias, do vime e dos algodões, presentes em toda a coleção, que fazem com que os tons crus e terra prevaleçam. Estes são, em alguns casos, salpicados com apontamentos de cor que dão vida às peças e que “nos transportam para recantos harmoniosos com sabor a férias”.
Por enquanto, e tendo em vista os objetivos traçados, a H.AMO continua fiel ao online. “Todas trabalhamos e é mais fácil gerir um negócio no digital. Desta forma, todas conseguimos levar isto a bom porto”, conclui Carla. “Se, no futuro, existir essa possibilidade avaliaremos e veremos como corre”.
Os artigos da H.AMO estão disponíveis no site, com preços a partir dos 4,95€. Algumas propostas, como um tapete de ráfia e algodão, atingem os 199€. Carregue na galeria para descobrir uma seleção da oferta da marca.