Quem passa pelo número 25A da rua António Enes, nas Avenidas Novas, depara-se com uma vitrina ampla que denuncia a dimensão do espaço. Da janela é possível ver as escadas que dão para o piso inferior, assim como a vasta entrada onde se recriam divisões, com vários móveis e até um rádio de 1930, que foi convertido numa coluna bluetooth onde toca o som ambiente da loja.
A 22 de março, Lisboa passou a contar com um novo ponto de venda da Hangar, junto à Avenida Duque de Ávila. Em 2010, a marca portuguesa de decoração de interiores começou por se instalar no Centro Cultural de Belém. Agora, 13 anos depois, ganha mais uma morada num lote com 420 metros quadrados, divididos por dois pisos.
“Estive dois anos à procura de um edifício numa zona mais aberta à cidade. Em Belém, tínhamos pouco espaço para fazer o que queríamos”, explica à NiT o fundador, César Travassos. “A ideia era criar uma loja onde fosse imediatamente visível que temos segmentos de mobiliário, iluminação e têxteis.”
Enquanto em Belém o foco eram objetos de menor dimensão, no novo espaço são os vários os ambientes criados que chamam logo à atenção, desde salas de jantar e estar completas a espaços de trabalho, passando pelos quartos. Ali é ainda possível desenvolver projetos de decoração e arquitetura de interiores.
Há ainda uma secretária que vai funcionar como front desk “para um atendimento mais demorado” e uma zona dedicada apenas à iluminação. Descendo as escadas, encontra-se o segmento de room office, a componente dos acessórios e o gabinete onde são discutidos os projetos completos.
Na Hangar, “a maioria dos clientes entra porque viu uma cortina pendurada e gosta do tecido”, por exemplo. Só depois é que percebem é que a loja também presta serviços de aconselhamento: “Mostramos soluções para garantir a funcionalidade das divisões e construímos a casa com eles”, reforça César.
“Antes trabalhávamos com uma série de marcas — como a Fermliving, a Ethnicraft, a Artemide ou a Costa Nova — que só vendíamos quando éramos questionados”, explica o fundador. Havia alguns trabalhos pontuais com etiquetas que, agora, se tornam permanentes. É o caso dos tapetes da espanhola Nanimarquia, que não estava presente em nenhuma loja em Lisboa.
O primeiro espaço da Hangar, na galeria lateral do Centro Cultural de Belém, continua em funcionamento. Na altura, surgiu porque o fundador via “ambientes de loja, misturas e outras coisas que não existiam cá” e sentiu necessidade de ir além dos projetos “em pequenos gabinetes e com catálogos com amostras.”
Mais de uma década depois, conseguiu concretizar o desejo. Esta localização permite ao cliente “sentar-se nos sofás, abrir as secretárias e mexer nos cadeirões. Tem uma ideia, mas sabe que não é só aquela opção”, diz. Se gostar de uma cadeira, existe a possibilidade de personalizar: mudar a cor do assento, o tipo de madeira ou até o tecido.
Por enquanto, apenas não dispõem de mobiliário de cozinha, “porque, ao lado dos roupeiros, são muito técnicas para construir por medida” e há lojas especializadas. Ainda assim, sendo uma loja independente, “tudo é possível”. César tem apenas uma certeza: “Não vamos ser uma cadeia de lojas”.
Além de visitar as lojas da Hangar no número 25A da rua António Enes e no Centro Cultural de Belém, também pode consultar o site. Carregue na galeria para ver alguns dos móveis que poderá encontrar online, com preços a partir dos 439€.