Joalharia e cerâmica unem-se numa nova loja do Príncipe Real com ambiente intimista

A Esquivel e a Grau são duas marcas bastante conhecidas entre os lisboetas (e não só). Embora sejam de universos diferentes — a primeira foca-se em joalharia e a segunda em cerâmica — decidiram unir-se e, a 9 de agosto, abriram uma loja no Príncipe Real. Sofia Esquivel e Diogo Ferreira, fundadores das duas insígnias, respetivamente, garantem que têm “um dos espaços mais giros da zona”.

Isac é outro dos sócios e cofundador da Grau. Arquiteto de profissão, juntou-se a Diogo, que era design gráfico, e, em março de 2020, começaram a produzir as próprias peças em casa como hobby. Com o sucesso imediato, não voltaram ao gabinete de arquitetura em que trabalhavam. “Esta é a nossa paixão”, conta Diogo, de 30 anos, à NiT.

A história da Esquivel é semelhante, visto que também começou como um passatempo para Sofia. As peças de joalharia que criava no seu quarto foram-se espalhando entre amigos e, sem esperar, começou a ser abordada por desconhecidos que queriam saber tudo sobre os acessórios que usava.

Os três empreendedores conheceram-se num mercado do Centro Cultural de Belém através de amigos em comum. “Cruzávamo-nos em eventos e criámos amizades. Tínhamos todos uma necessidade de um espaço que pudéssemos partilhar. A Sofia encontrou um maior do que o que precisava e convidou-nos porque não abriria com outra marca que não fossemos nós”, recorda Diogo.

A possibilidade de fazerem uma parceria tornou-se cada vez mais forte, visto que ambas as marcas têm filosofias semelhantes. “Temos a mesma base e inspiração. Isto é diferente de uma loja normal. As pessoas podem vir cá para personalizarem as suas peças”, explicam os sócios. É, acima de tudo, um “espaço de partilha”. No entanto, também há peças prontas.

No centro existe uma mesa onde são desenhadas as peças exclusivas após uma conversa com os compradores. No futuro, pretendem também realizar workshops intimistas para até oito participantes, tanto de cerâmica como de joalharia. “A ideia não é ser uma loja de consumo rápido. Queremos que venham cá passar algum tempo para perceberem as inspirações e de onde vem o nosso trabalho e como tudo é feito”, referem.

 

 

 

 

 

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A procura por um espaço que fosse ao encontro de tudo aquilo que desejavam foi demorada: Sofia passou cerca de oito meses à procura. Outras oportunidades surgiram, mas queriam mesmo que fosse no Príncipe Real devido à mistura de estrangeiros e portugueses que passam por ali.

No que diz respeito à decoração, a Esquivel x Grau divide-se em duas partes (uma para cada marca). A separação é feita através de “terracota intenso e de um creme mais calmo”. Além disso, a loja é toda forrada a cortinas de veludo. “É quase como o yin e o yang.”

“Através destas cores, definimos os dois espaços e ambientes. Tem cores quentes e uma iluminação que enaltece as peças e o nosso trabalho”, acrescentam. A escolha de candeeiros foi um dos aspetos mais trabalhosos, visto que a cerâmica e a joalharia precisam, cada uma, de iluminações muito específicas.

Mas enquanto as marcas se mantêm afastadas no resto da loja, unem-se na montra “onde intercetam e convivem uma com a outra”. Aqui, as peças de bijuteria são colocadas em cima dos artigos de cerâmica.

Em poucos dias desde a abertura, a Esquivel x Grau tem recebido vários elogios por parte dos clientes, que destacam principalmente a sinergia entre ambas as etiquetas. “Trabalhamos dois materiais completamente diferentes e é giro ver como funcionam tão bem. A loja está muito equilibrada e o que me disseram é que se sentam inspiradas assim que entram”, concluem.

Carregue na galeria para ver algumas imagens do espaço. Créditos das fotografias: André Nave.