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Mais um processo. Deco apresenta queixa contra Shein por práticas comerciais enganosas

Várias entidades querem que a plataforma confirme a autenticidade das mensagens enviadas aos consumidores sobre os descontos.

Quem está habituado a utilizar plataformas de compras como a Shein, recebe diariamente várias notificações sobre os cupões que garantem tornar vários artigos mais baratos. A lógica é simples: quem gastar mais, tem direito a mais promoções, segundo a loja online.

No entanto, esta e várias outras técnicas estão a ser consideradas como “enganosas” pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, e por outras 24 organizações europeias que defendem os direitos dos consumidores.

As entidades apresentaram esta quinta-feira, 5 de junho, uma queixa contra a Shein à Comissão Europeia, em Bruxelas, segundo avançou a “Lusa”, aqui citada pela SIC Notícias.

“Em causa está o uso de técnicas enganadoras, conhecidas como ‘dark patterns’ ou padrões obscuros, que levam os consumidores a comprar mais do que pretendiam, agravando problemas ambientais e sociais associados à ‘fast fashion'”, sublinhou a Deco.

As organizações querem que a plataforma cesse o uso dessas práticas, além de apresentar provas que confirmem a autenticidade dos supostos testemunhos de clientes e de mensagens como “stock limitado” ou “promoções relâmpago”. 

No último ano, plataformas como Shein e Temu (sites com artigos muito baratos) têm sido alvo de vários processos por parte de organizações europeias de consumidores. Em maio, a União Europeia revelou que se prepara para impor tarifas sobre as encomendas que chegam da China.

Entre as preocupações do Parlamento Europeu, destaca-se o facto de muitos destes artigos não serem seguros, por serem contrafeitos ou potencialmente perigosos para os consumidores, afirmou o responsável pela pasta do Comércio, Maros Sefcovic, ao jornal “Financial Times”.

A decisão segue o exemplo dos Estados Unidos, que acabou com a isenção aduaneira em produtos até 705€, no início de maio. Os produtos estão agora sujeitos a uma taxa de 54 por cento. 

Os retalhistas europeus têm também apresentado queixas sobre a “concorrência desleal das plataformas estrangeiras” que, afirmam, não cumprem as regras do mercado europeu. 

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