Há uma nova marca de T-shirts no nosso País que utiliza 100 por cento de algodão orgânico e só trabalha com fornecedores certificados e aprovados pela PETA e outras organizações que lutam contra a “indústria têxtil como a conhecemos”. Quem o explicou à NiT foram Sebastião Melo, de 28 anos, e Madalena Burguete, de 31, os criadores da GOAT Wearable Culture.
Esta marca lançada no início de agosto foca-se na música, mais especificamente no Hip-Hop, e nos nomes que, acreditam os fundadores, marcaram a sua história e cultura. A ideia é ajudar a “conservar e promover este património”, com o qual sentem uma ligação especial.
“A marca foi o resultado de uma quarentena passada no Algarve, que nos mostrou um novo conceito de liberdade. Decidimos aproveitar para criar um projeto com o qual nos identificamos e em que acreditamos”, revela Sebastião, que estudou Marketing, Publicidade e Relações Públicas na Universidade Europeia. Já Madalena licenciou-se em Design pela Faculdade de Arquitetura de Lisboa, backgrounds académicos que lhes deram as ferramentas de que precisavam para se lançarem na sua própria marca.
No site oficial, vai encontrar oito modelos de T-shirts com bordados inspirados em quatro rappers icónicos e batizadas com os nomes das cidades norte-americanas em que nasceram. Há, por exemplo, a Longbeach, com um retrato bordado de Snoop Dogg; a Detroit, com Eminem; a North Carolina, com J. Cole; e a Compton, com Kendrick Lamar. Todas custam 30€ e estão disponíveis em branco ou preto — também pode fazer encomendas através das contas de Facebook e Instagram da marca.
“O produto expressa uma opinião. Quem gosta de Hip-Hop e sente a cultura cria uma ligação com a marca”, conta Sebastião. A escolha do nome serve para fazer referência ao termo muito usado nesse universo, para referir os “greatest of all time” (ou “melhores de todos os tempos”, em tradução livre). “São muitos e queremos honrar e imortalizar os seus trabalhos, com um design simples, mas com impacto na mensagem que representa”, acrescentam.
O algodão orgânico usado nos tecidos tem o selo da GOTS (Global Organic Textile Standard), uma organização que garante o estatuto orgânico das matérias-primas. Já a PETA (People fot the Ethical Treatment of Animals) garante que todo o processo é vegan e cruelty free e a FairWear, o último certificado da GOAT Wearable Culture, garante as condições de trabalho do projeto. “Assim, contribuímos não só para uma amanhã mais saudável para todos, como para uma maior consciencialização do nosso planeta”, concluem Madalena e Sebastião.
