Lojas e marcas

A marca nacional que usa “ouro marroquino” para prevenir o envelhecimento

Criada por uma psicóloga, a TandheM segue uma filosofia pro-aging. O segredo são os ingredientes naturais de várias partes do mundo.
Tudo começou em Marrocos.

Assim que terminou os estudos, Tânia Ferreira decidiu que queria partir à descoberta de novas culturas. Foi em Marrocos que, entre os trajes e as comidas típicas do país, atentou também ao ritual de beleza das de mulheres locais. Todas usavam o óleo de argão como tratamento tradicional, fosse para o rosto, cabelo ou unhas.

Curiosa, visitou algumas cooperativas locais em Agadir, onde predomina a árvore Argania, e acompanhou todo o processo, que começa com a recolha das nozes. “Fiquei rendida porque as pessoas que vivem naquelas regiões, sobretudo as mais afastadas do centro, tinham sempre pele incrível”, recorda à NiT.

O encanto não desvaneceu e o famoso “ouro marroquino”, como é chamado, tornou-se o protagonista da TandheM. A marca de skincare foi lançada em outubro com uma missão pro-aging. A ideia não é evitar os sinais de envelhecimento, mas incentivar os clientes a tratar de alguns sinais.

Para simplificar a rotina diária, a primeira linha da marca é composta por apenas três produtos — sérum, creme de olhos e creme hidratante — para nutrir, revitalizar e proteger a pele, mantendo-a saudável, firme e hidratada. “Atualmente, propõe-se muita coisa na área da cosmética e não existe tempo para tudo. Por isso é que muita gente não tem essa consciência de rotina”, acrescenta. “Se formos consistentes, vamos conseguir ver sempre os resultados. E não os temos se não fizermos absolutamente nada.”

Os complexos sobre o envelhecimento, sobretudo entre as mulheres, eram um problema comum entre as clientes da psicóloga de 42 anos. “Temos medo de avançar, mas é uma coisa boa. Pode ser bom, mas é preciso tratarmos de nós.”

Apesar da formação, sempre esteve ligada à área do bem-estar. “A ideia de passar para esta área surgiu porque estamos num momento em que estamos sempre a correr e trabalhamos pouco a nossa autoestima.”

Quando começou a pensar na ideia da marca, explorou vários workshops para entender melhor o mundo da cosmética, sobretudo no que diz respeito a princípios ativos, “para perceber o que funcionava.” Além disso, contou com a ajuda do marido, Mehdi, mestre em ciências nas Grandes Écoles em França.

Da ameixa de Kakadu ao bakuchiol

Além do “ouro marroquino”, as fórmulas contam com outros ingredientes importantes. Todos os produtos têm vitamina E e ácido hialurónico, cada um dedicado a uma ação. Neste caso, destacam-se pelo efeito antioxidante, anti-inflamatório, a retenção de água e a tonificação da pele.

No caso do creme de rosto, é retirado de uma ameixa de Kakadu, que vem da Austrália, criando uma textura leve que revela “um rosto visivelmente mais jovem e radiante”, enquanto no sérum foi importante substituir o retinol por uma alternativa menos agressiva, tendo surgido a ideia do bakuchiol.

Tem três produtos.

“Fui eu que introduzi esta ideia ao laboratório, juntando as minhas pesquisas ao savoir-faire. É um ingrediente muito poderoso e queríamos a percentagem mais elevada possível dos ingredientes ativos. Só assim é que se faz a diferença,” acrescenta.

As fórmulas contam ainda com uma composição 100 por cento limpa a nível de ingredientes, sem silicones, parabenos, fenoxietanol, nanopartículas ou outros ingredientes nefastos para a saúde. Todos foram escolhidos por “respeitarem a biologia natural da pele, mas garantirem resultados visíveis”.

Adaptados a qualquer tipo de pele, os produtos são também veganos. Até o colagénio, que normalmente é retirado das escamas dos peixes, foi substituído por uma alternativa marinha que descarta o uso de produtos animais. O ingrediente é revirado de algas que também contribuem para uma maior firmeza da pele.

“O objetivo é tratarmos de nós, mas também da natureza”, sublinha Tânia, acerca da missão ecológica da TandheM. Dos cartões feitos em pele de açúcar ao desenvolvimento de fórmulas com ingredientes naturais, a fundadora descreve o projeto como “eco-responsável”.

Foram precisos cerca de dois anos, entre formações e pesquisas, para que a ideia saísse da gaveta. Agora, a magia acontece em Portugal, num laboratório em Lisboa com 30 anos de experiência. O objetivo de Tânia era mostrar a qualidade do que é feito em solo nacional.

“[Eu e o Mehdi] somos uma espécie de bicicleta ecológica que vai buscar ingredientes a todo o lado, mas faz tudo em Portugal”, explica acerca do nome. “TandheM é uma mistura do nome dos dois fundadores, mas é também o nome dado a uma bicicleta com dois lugares.”

Nesta bicicleta, porém, ainda cabem muitas ideias. “Vamos alargar a oferta a nível de produtos. Seria importante incluir uma rotina mais complexa”, conclui Tânia. “Um dos objetivos seria trazer óleo de argão 100 por cento puro para utilizar a nível capilar.”

Enquanto não acontece, a dupla conta ainda com um catálogo que inclui acessórios de beleza, como as pedras Jade Gua Sha, cujos movimentos ajudam a descongestionar a zona dos olhos, ou as fronhas de bambu que cuidam da pele até enquanto estamos a dormir.

Todos os produtos estão disponíveis no site da TandheM. Os preços variam entre os 22,50€ e os 69€.

Carregue na galeria para conhecer a linha completa.

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