Ser sustentável já não é uma moda. Nem sequer é uma opção. É, cada vez mais, uma necessidade. E as marcas de moda já perceberam isso. Multiplicam-se os esforços para reduzir a quantidade de água usada na produção, para diminuir o recurso a químicos, ao mesmo tempo que se aposta, cada vez mais, na utilização de tecidos orgânicos, que sejam confortáveis, resistentes e suaves.
Em linha com esta tendência, nasceu a Slowing Ethical Closet. Trata-se de uma nova marca de roupa sustentável criada em junho de 2021 e que se assume como muito descontraída. Produz modelos sem género e dá vida ao movimento de slow fashion, através da utilização de materiais orgânicos.
Tatiana Terreiro, de 35 anos, é a fundadora do projeto. A responsável, que tem um curso em Marketing, Publicidade e Relações Públicas, explica à NiT que este projeto tem uma missão muito clara de se diferenciar pelos padrões de qualidade, estéticos e de respeito pelo meio ambiente e pelo trabalho artesanal. “A sustentabilidade é uma prática intrínseca da marca em todas as suas frentes e valências”, assegura.
Destaca também que tinha mesmo de “trabalhar com materiais que fossem realmente eco-friendly e para isso considerámos o tecido, a forma como é produzido, os tingimentos e os demais recursos que são necessários para a confeção”.
A primeira coleção de roupa tem o nome Eywa. Este é um termo que evoca à proteção do equilíbrio com a natureza. E é uma linha de edição limitada, assim como todas as que são criadas pela marca.
É composta por peças exclusivas produzidas e impressas à mão com tintas herbais e tecidos amigos do ambiente. Além do algodão orgânico e de tecidos reciclados, produzem também têxteis biodegradáveis à base de plantas, como: cânhamo, pétalas de rosa, fibras de banana e de laranja, bambu, soja e aloé vera.
Falamos de camisas e kimonos, com padrões étnicos e com cores naturais. Ou seja: em vez de se utilizarem pigmentos químicos, prejudiciais à pele e ao meio ambiente, as cores são feitas a partir de nozes, frutos, flores e vegetais.
Todas as peças são desenhadas na Suíça e produzidas na Índia, onde o block printing ainda se pratica por alguns artesãos locais, especialmente em Jaipur. Com a garantia máxima de boas condições de vida e de trabalho. A responsável pelo projeto revela que quis apostar “em artesãos de excelência, com poupança de consumo em toda a cadeia de produção” afirma à NiT.
O aproveitamento de restos de tecidos, que de outra forma iriam parar a aterros, faz parte da linha orientadora da marca e da sua consciência ambiental. Referindo Tatiana Rendeiro que “mesmo as etiquetas das nossas peças são passíveis de ser plantadas e convertidas em flores”. Acrescenta ainda que existe “um acompanhamento desde o que é feito a nível de produção, passando pela manufatura e até à entrega do produto ao cliente”.
O recurso ao aloé vera acontece porque este é um material suave, leve, biodegradável e com excelentes propriedades antibacterianas, sendo um tecido muito respirável e confortável. Também as pétalas de rosa são muito eco-friendly, resultando num tecido com um brilho natural e uma enorme suavidade, tendo propriedades termorreguladoras, de regulação de PH da pele e de proteção aos raios UV.
Tatiana conta ainda que trabalham com fibra de banana, com muita suavidade e leveza, sendo um têxtil que permite criar peças de roupa muito duradouras, respiráveis e confortáveis.
Por fim, trabalham com bambu, dado que não requer pesticidas ou fertilizantes para se desenvolver e as peças são resistentes, absorvem facilmente a humidade e são naturalmente hipoalergénicas.
A Slowing vende exclusivamente online, e faz envios para todo o mundo. Contanto com peças a partir de 87€. Todos os artigos têm certificações a indicar que se trata de uma peça ética e consciente.
Carregue na galeria para ficar a conhecer melhor as peças da marca.