Isabel Traquete tem 30 anos, é de Évora e calça o 32. Não é costume apresentar alguém referindo o número dos seus sapatos. Isto quando o número não é a razão da abertura de um negócio.
Formada em arquitetura, e a exercer em nome próprio, Isabel criou um projeto em paralelo. Chama-se Traquete, é uma marca de calçado feminino, e além da óbvia ligação ao seu apelido, é sobretudo uma homenagem à sua avó.
“Tudo começa de um sonho em comum. A minha avó calçava o 33. Eu calço o 32. Sempre tive imensa dificuldade em encontrar sapatos. Nós as duas desenhávamos, e eu sempre lhe disse o quão bom seria criar uma marca de calçado que pudéssemos usar”, conta Isabel Traquete à NiT.
“Todas as marcas de calçado de senhora começam no número 35. Há oficinas, mas não marcas com identidade própria. Daí a criação deste conceito arrojado, que não é só para pés pequenos, mas integra os pés pequenos.”
Isabel sempre usou sapatos para criança, e que “não tinham o toque de senhora”. A avó já não está cá para ver a concretização do sonho que ambas partilharam durante tanto tempo: “Gostava muito que ela estivesse aqui para ver, e para calçar os meus sapatos”.
Por enquanto, é apenas uma loja online, mas no futuro “quem sabe”. Abriu no dia 7 de outubro e até ao final do ano serão lançados mais “dois modelos de cores diferentes e um modelo mesmo novo”.
A marca definida pela fundadora como “so casual, so chic”, terá sempre modelos com saltos médios-baixo e que são “confortáveis e citadinos, para o dia-a-dia ou para um evento”. Isabel é responsável pelo desenho de todas as componentes.
Já o fabrico, é feito em São João da Madeira, de forma artesanal. “São 100 por cento portugueses e feitos à mão.” Por enquanto encontra três modelos disponíveis: umas botas e dois pares de sapatos, do número 32 ao 41.
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