Depois de dois anos mais cinzentos, devido à pandemia, o verão volta a ser sentido de forma fervorosa. A alegria e a cor que todos ansiamos ver esta estação estão refletidas na produção criativa de inúmeras marcas, nacionais e internacionais. No panorama português, o projeto Banana Split continua a celebrar os dias mais quentes do ano com a sua identidade colorida, e agora com novos lançamentos.
O conceito da marca foi idealizado por Joana Pinto Coelho, de 24 anos. Após a licenciatura em Marketing e Publicidade, que a levou a seguir por caminhos profissionais que não a deixaram satisfeita, procurou novas formas de se sentir concretizada. Em 2016, inscreveu-se num curso de costura para ter um hobby paralelo.
“A minha mãe não costura e a minha avó também não”, conta à NiT, revelando que o que a levou a apostar no trabalho com tecidos e agulhas mantém-se uma incógnita. “Acho que foi a necessidade de, se eu quiser, conseguir fazer a minha própria roupa. Acho que toda a gente gostaria de conseguir fazer a sua própria roupa”.
Acabou por se tornar autodidata, comprou uma máquina e começou a explorá-la em casa. O lançamento da marca foi também um efeito da pandemia, já que a pequena empresa na qual trabalhava foi afetada pelo vírus. Em 2021, lançou-se no mercado: “já tinha o background em marketing, fiz uma pós-graduação em design, sempre gostei muito de desenhar e sou costureira. Tinha todos os ingredientes para criar uma marca”.
Apesar das experiências com a costura, não foi no mundo do vestuário que decidiu entrar, já que “o mercado é muito mais saturado” e teria de lidar com a questão das medidas. “As marcas de vestuários implicam tamanhos, gostaria de ter do XS ao XL e os acessórios têm a vantagem de serem de tamanho único”, revela. A opção também foi motivada pelo investimento necessário.
A entrada no verão 2022
A Banana Split é uma marca feita para os dias “em que nos espreguiçamos até ao pôr do sol” e isso não mudou. A segunda coleção lançada ao longo de maio, apresenta uma maior oferta de padrões, mais versatilidade e artigos mais unissexo. E, claro, muita cor. “Acho muito mais original usar os padrões e as cores. Fiz algumas coisas mais sóbrias, mas não é esse o meu foco”, diz. Quer que sejam artigos contagiantes e não criações lisas ou em tons neutros.
“A maior diferença em relação aos produtos que já existiam, e que foram os mais bem recebidos, é que lhes fiz bons upgrades”, explica. É o caso dos pufes, o produto bestseller da marca, que regressa com um tecido mais resistente e impermeável, consequência de Joana ter conseguido melhores fornecedores. E agora contam com alças ajustáveis. “Percebi que, no ano passado, os pais punham muito os miúdos a levar o pufe as costas porque é superleve. Mas as alças eram compridas e ficam-lhes a cair”.
Voltaram também as bolsas e os chapéus, com diferentes formatos, e os sacos são agora mais espaçosos, resistentes e com um novo mecanismo de fecho com cordões. “Fiz uns sacos de viagem que resultam muito bem porque há a cultura de ir para a casa de férias ao fim de semana. E têm as medidas perfeitas para as viagens de avião”, acrescenta.
Até agora, a adição principal são as sacolas, um meio-termo entre o saco e a bolsa, cuja vantagem é o seu design ideal para o dia a dia. No entanto, não se vai ficar por aqui. Para não sobrecarregar os clientes, a fundadora da marca decidiu ir lançando as novidades ao longo do tempo. “Enquanto consumidora prefiro esperar até ao fim para comprar. Não quero espaçar muito, porque depois é tarde.”
A Banana Split continua a ser uma espécie de one woman show. Joana desenha todas as peças e trata da confeção no seu atelier. Este ano, contratou uma costureira para a ajudar a ter um stock inicial, caso surjam mais encomendas do que o esperado, mas está completamente sozinha no projeto. É desta forma que tem encantado as clientes, um feedback que recebe não só através de mensagens, mas também por outro barómetro. Disponibilizou uma opção de devolver ou trocar os produtos — e quase não foi utilizada.
“Uma das coisas mais diferentes da marca é que envio as peças mais pequenas em caixas reutilizadas. Vou a imensas lojas de sapatos, peço caixas e reutilizo”, sublinha. “Tenho aqui uma divisão no meu atelier cheia de caixas. É o primeiro passo para tornar a marca realmente sustentável, mas ainda tenho um longo caminho a percorrer.”
Todos os lançamentos da Banana Split estão disponíveis no site da marca. Carregue na galeria para descobrir alguns dos artigos da marca e os respetivos preços.