A Dior apresentou as suas primeiras criações em 1947, e desde então tornou-se uma referência incontornável da história da moda. A marca de luxo francesa tem inúmeras lojas espalhadas pelo mundo, incluindo em muitas capitais, como não poderia deixar de ser. Em Portugal isso ainda não acontecia — até agora.
A insígnia abriu o seu primeiro espaço no País a 24 de novembro, no número 85 da Avenida da Liberdade. A boutique inédita com mais de mil metros quadrados irá ocupar três andares de um edifício numa das ruas mais caras da Europa. Virada diretamente para a famosa artéria comercial da capital, o ponto de venda conta com um teto com seis metros de altura e janelas generosas.
A decoração, marcada por pequenos apontamentos de cor numa paleta clean, remete para os códigos da marca. Do parquet de Versalhes aos grafismos do cannage. os cantos elegantes da boutique são marcados ainda por obras de artistas como Valéria Nascimento, Bruno Ollé e Pedro Calapez.
Por fim, surge outra surpresa. Uma escultura de Joana Vasconcelos surge suspensa ao longo da escadaria de 20 metros. Recorde-se que a artista visual já tinha sido convidada para decorar o desfile da etiqueta, em fevereiro de 2023, com as suas gigantes Valquírias.
No interior, será possível encontrar o vasto catálogo com artigos que encantam milhares de clientes — das famosas carteiras que se tornam icónicas, como a icónica Lady Dior ou a Book Tote, às várias opções de pronto a vestir e sapataria criadas por Maria Grazia Chiuri, atual diretora criativa da marca.
No primeiro e segundo piso, o destaque vai para a coleção Dior Cruise 2024, assim como a linha masculina de primavera-verão 2024, idealizada por Kim Jones. Neste cenário de sonho, surgem looks e acessórios marcados pelos estampados das linhas, mas também pelas silhuetas intemporais que associamos à gigante da moda.
O designer Christian Dior deu a conhecer ao mundo o The New Look, no contexto do pós-guerra. A sua coleção de estreia, que apresentou em 1947, incluía modelos com cinturas marcadas com a ajuda de espartilhos e saias amplas de comprimento midi. A silhueta, considerada revolucionária na época, continua a ser sinónimo de feminilidade.
Ao longo dos anos a estética Dior passou por várias fases, do engenho alucinante de John Galliano aos posicionamentos feministas de Maria Grazia Chiuri, passando pelas criações românticas e graciosas sob a alçada de Raf Simons.
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