A rival da Primark está a caminho de Portugal. Chama-se Pepco e, com as suas propostas de vestuário e artigos para a casa, a preços igualmente muito atrativos, pretende conquistar os fãs da retalhista irlandesa. Embora as lojas só abram para o ano que vem, fomos à procura das diferenças e semelhanças entre as duas marcas low cost para perceber qual é a melhor.
A variedade de artigos é muito grande em ambos os negócios — do vestuário à decoração, passando pelos cosméticos, brinquedos, gadjets e até snacks —, porém, são as peças de roupa que mais movem os clientes. As duas marcas apostam em modelos que seguem as últimas tendências a preços muito acessíveis.
Nas lojas destas retalhistas, uma das secções com mais procura é a dos vestidos. A variedade é sempre muita, mas a quantidade de cada modelo é sempre limitada — ou seja, quando um determinado modelo é muito procurado, esgota rapidamente. Nesta lógica de oferta, é natural que a maior parte das mulheres comece as comparações pelos vestidos. É impossível resistir a esta peça feminina por excelência, mas há diferenças significativas entre as propostas das duas etiquetas.
Os melhores vestidos
Quando comparamos as páginas de Instagram das duas low cost, confirmamos, sem surpresa, que ambas apostam forte neste tipo de peças. Porém, a oferta duas apresenta fatores distintivos.
Na Pepco está representada uma mulher que opta por coordenados mais sofisticados, mas igualmente práticos. A Primark arrisca mais em padrões e cores, inspirados em temas muito específicos, que por vezes não se enquadram nas expetativas das clientes mais discretas. Ou seja, corre o risco de encontrar mais propostas que a infantilizem.
Por outro lado, é possível notar que o negócio já disponível em Portugal se rege mais pelas tendências. Das cores vibrantes aos estampados, passando pelo barbiecore, a cadeia de lojas nunca deixou de acompanhar aquilo que as editoras de moda realçavam. O problema é que há um grande número de pessoas que não querem ser controladas pelo surgir constante de novas sugestões para cada estação. É neste contexto que surge a Pepco, que está longe de ser antiquada, mas deixa que a intemporalidade seja a palavra-chave da sua oferta.
O conforto do vestuário da marca irlandesa não pode ser negado, claro, mas esta é característica é também uma das apostas da rival — apenas com uma elegância que, por vezes, se perde na tentativa de arrojar da low cost que já se encontra em Portugal. É o caso do exemplo na imagem, em que as propostas mais polidas e intemporais são as da Pepco.

Dos biquínis à decoração de interiores
As mulheres a quem não pode faltar uma rotina de treino, também podem querer trocar as leggings da Primark, por um modelo da concorrência. A oferta da retalhista polaca inclui um vasto leque de propostas de sportswear — que vai dos casacos aos tops, das leggings às sapatilhas —, um número de opções claramente superior ao da rival. Esteticamente, também presta mais atenção aos pormenores do design do que os modelos simplistas da insígnia irlandesa. É caso para dizer que menos é, realmente, menos.
Esta vitória prolonga-se até ao swimwear, onde nenhuma das etiquetas carece de propostas. Neste segmento, o mais equilibrado de todos, o ponto vai para a Pepco pela forma como parecem pensar mais atentamente no corpo feminino. Muitos dos modelos da Primark perdem pela parte superior dos biquínis, à qual nem todas as mulheres reagem positivamente — algumas parecem soutiens banais.
Do equilíbrio, passamos para uma categoria no contexto da qual não há verdadeiramente concorrência. Cerca de metade das propostas da Pepco consiste em artigos para a casa. De velas a loiça, de móveis a vasos, nunca vai faltar uma nova peça para dar vida ao seu lar — e sempre com um design arrojado e criativo. Por sua vez, a loja favorita dos portugueses (por enquanto), opta por ideias mais convencionais e gastas, que perdem também em número.
Na roupa infantil, os modelos são igualmente adoráveis. As personagens dos filmes de animação realçam a alegria dos mais novos, no entanto, a secção infantil daquele que será o fenómeno do próximo ano não vai muito além disso. A concorrente, por sua vez, reinterpreta a inocência dos miúdos de múltiplas formas, que passam por todas as cores do arco-íris, estampados mais variados e muito mais personalidade.
Eis que chegámos à categoria onde o domínio da Primark é claro, com o apoio dos miúdos. As mães que gostam de fazer pandan com os filhos, com conjuntos muito fofos e ternurenos, dificilmente os encontrarão na Pepco. Podemos concluir que esta ligação entre pais e filhos não se vai traduzir na futura loja, pelo menos visualmente.
Que marca é esta?
A Pepco é um conceito muito familiar, com um vasto catálogo inclui vestuário, calçado, artigos de higiene e cosmética, alguns produtos alimentares e também peças para animais de estimação.
No início de agosto, a insígnia polaca divulgou o seu plano de expansão para o próximo ano que inclui o início das operações em Portugal na primavera de 2023. Numa fase inicial, está prevista a abertura de três lojas: no Porto, em Lisboa e no Algarve.
A marca deverá instalar-se em território nacional em espaços de grandes dimensões, à semelhança do que acontece em Espanha. À semelhança do que acontece com a cadeia irlandesa, a Pepco não vende online. Se quiser descobrir as novidades, terá que se dirigir aos pontos de venda físicos, que continuam a multiplicar-se pela Europa.
Atualmente, a insígnia conta com cerca de 3 mil lojas em diversos países europeus. Portugal será o 18.º a ser acrescentado à lista. O objetivo é chegar também a outras zonas do País.
Carregue na galeria para ver a forma como esta promessa do retalho se compara à atual líder low-cost.