Ernest, o responsável por receber os clientes na primeira loja da Poliform em Lisboa, é descrito como “uma verdadeira joia”. O sofá espaçoso que se destaca numa loja amplo não é apenas um elemento de apresentação, mas sim uma estreia mundial que antecipa a “reviravolta futurista” da marca italiana. Este lançamento, que estava preparado para a inauguração, só agora chegará a outras lojas ao redor do mundo.
Ao avançarmos pela loja, as linhas minimalistas e as formas orgânicas da curadoria de Pedro d’Orey e Clemente Rosado, proprietários da QuartoSala, tornam-se imediatamente evidentes. Embora esta seja a primeira flagship store da marca em Portugal, as suas propostas já integravam o portfólio do atelier português há cerca de oito anos.
A relação entre ambas as partes teve uma “evolução natural”, que levou à criação de uma morada própria no coração de Lisboa, nas proximidades do Jardim das Amoreiras, para as peças da marca. O espaço conta com mais de 500 metros quadrados, distribuídos por dois andares, onde se homenageia um design que visa a durabilidade e a valorização dos lares.
“Houve uma longa conversa até que decidíssemos avançar com um projeto tão ambicioso”, revela Pedro à NiT. “A marca cresceu, evoluiu internamente, abriu novas oportunidades e o relacionamento tornou-se mais próximo. Compreendemos que era o momento certo para a apresentar de uma forma mais impactante.”
O conceito proposto pela marca, que foi fundada em 1970 pelos primos Alberto Spinelli, Aldo Spinelli e Giovanni Anzana no conhecido Brianza Furniture District, em Itália, centra-se numa decoração de 360 graus. O intuito é proporcionar um design integrado em todas as áreas da habitação, incluindo o closet.
Para concretizar esta visão, a dupla conta com peças de designers de renome como Jean-Marie Massaud e Emmanuel Gallina, focando-se em materiais sofisticados e em detalhes que vão desde os sistemas de cozinha aos painéis, incluindo móveis de interior e exterior.
A localização do espaço, situado num edifício dos anos 40, no número 2B da Rua D. João V, foi criteriosamente escolhida. “Queríamos que estivesse dentro do eixo Amoreiras-Chiado, onde temos a loja, para que existisse uma sinergia natural”, acrescenta o fundador.
A dupla decidiu aplicar a mesma curadoria que foi utilizada na estreia da Minotti em Lisboa, junto ao Teatro Nacional de São Carlos, a funcionar desde junho. “Elegemos o Príncipe Real como centro de operações porque reunia tudo o que precisávamos e, a partir daí, quisemos manter a dinâmica.”
A nova loja, remodelada segundo a estética da Poliform, serve também como um vislumbre do futuro da Poliform. Nesta localização, já está disponível a linha de móveis de exteriores, uma novidade “ainda rara nos espaços da marca espalhados pelo mundo”, revela o fundador. Este segmento, aliás, continua em expansão desde o seu lançamento, em 2023.
Sem brilhos ou excessos, o ponto de venda pode ser encarado como “um grande projeto de interiores”, sublinha Pedro. “É uma experiência viva do que pode ver e fazer numa casa. Uma abordagem aplicada em todas as vertentes, porque é uma marca extensa e profunda. Pode entrar por qualquer porta e em qualquer etapa do processo.”
Os proprietários querem, por isso, que possa ser encarada como uma solução abrangente. “A Poliform quebra o modelo de loja em que as pessoas só compram as peças isoladamente. O que vem propor é que consigam comprar o todo e encontrar uma solução global para a casa.”
Quanto aos clientes, existem duas narrativas diferentes. O espaço está aberto tanto a profissionais da arquitetura e design, que procuram tudo o que envolve equipamentos fixos, como também a particulares, que encontram uma vasta gama de acessórios e mobiliário.
Além disso, há outra narrativa a ser explorada. A Poliform pretende ser “um espaço vivo” através de uma programação regular, estando apetrechada para receber eventos como almoços de arquitetos, lançamentos de livros e outras iniciativas mais intimistas.
No dia da inauguração, por exemplo, o chef Diogo Noronha cozinhou na dark kitchen disponível no piso inferior. “As cozinhas que estão montadas são verdadeiras e podem ser usadas”, sublinha. O mesmo se aplica aos outros espaços, que, no futuro, vão continuar “a fomentar a interação com a cidade”.
Com esta abertura, o universo da QuartoSala passa a contar com cinco lojas no eixo Chiado-Amoreiras. Além dos dois espaços multimarca no Príncipe Real, já contava com duas flagship store exclusivas.
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