Após dezenas edifícios icónicos, vários prémios e até colaborações com marcas de roupa, como a Salsa, não há muito mais a acrescentar ao portefólio de Álvaro Siza Vieira. Desta vez, o arquiteto desenhou a sua primeira linha de joias, para a marca portuguesa Sharma, apresentada esta terça-feira, 3 de dezembro, na Fundação de Serralves, no Porto.
Composta por um colar, um par de brincos, uma pulseira e um anel, manufaturados em ouro de 19 quilates e diamantes, incolores e negros, a coleção-cápsula foi criada a partir de um esquisso do artista. É uma edição limitada a apenas 91 conjuntos, em referência à idade do criador.
“As linhas saídas do traço de Siza Vieira, um dos maiores vultos artísticos portugueses, prestavam-se ao uso do diamante, que acrescenta sofisticação e eleva o valor artístico da criação, com um design único” explica a cofundadora da marca, Brigitte Costa, que se juntou a Bruna Cabral.
Inspirada pela arquitetura, a linha reflete o traço de Siza Vieira. Além da combinação do ouro com os diamantes, destaca-se o design contemporâneo e minimalista, com estruturas finas e delicadas que lembram traços desenhados no ar. Todas apostas em linhas fluidas, abstratas e geométricas, com detalhes que parecem torções ou curvas orgânicas.
O nome de Siza Vieira foi uma escolha natural para as duas sócias. “Estamos muito honradas por ter aceitado o convite e queremos que a linha fique perpetuada na história da empresa”, acrescentam à NiT.
Após a estreia deste conceito, as empresárias pretendem apostar em mais coleções cápsula, desenhadas em exclusivo por conhecidos arquitetos, designers ou criadores de outras áreas artísticas. Porém, ainda não foram revelados os próximos nomes convidados.
“Apostando na singularidade e sendo um mercado tão competitivo, fazia todo o sentido promover a criatividade de artistas de áreas distintas, com total liberdade para conceberem estas edições limitadas”, referem. “Desejamos inclusivamente que pensem fora da caixa.”
Devido à exclusividade, cada conjunto está à venda por um valor de 30 mil euros e disponível online. A Fundação de Serralves deterá, durante dois meses, a exclusividade na comercialização desta parceria.
Numa fase inicial, apenas as coleções-cápsula serão feitas com ouro maciço e gemas preciosas naturais, decididas a cada caso. O objetivo da dupla, que trabalha na banca e no ramo imobiliário, é criar peças intemporais “pensadas para pessoas modernas, cosmopolitas e ativas” — e que valoriza, sobretudo, a mestria dos ourives nacionais.
“Queremos tornar o requinte mais acessível e apresentar joias duradouras, privilegiando o empoderamento feminino, mas também a sofisticação e o charme, quer feminino, quer masculino”, sublinham. Até porque o objetivo passa por lançar coleções para vários públicos.
Sharma, além de ser o sobrenome do autor que mais as inspirou [Robin Sharma], “é igualmente sinónimo de proteção, conforto e alegria”, precisamente o que querem que os clientes sintam com as peças que vão apresentar.
“Queremos marcar pela diferença, pela originalidade e, particularmente, pela exclusividade.”
O plano para conquistar o mercado nacional passa também pela criação de parcerias estratégicas com hotéis de luxo e museus em vários pontos do País — sempre com um olho no mercado internacional.
Além deste lançamento, as clientes podem descobrir a coleção estreia, intitulada Pétala, e criada pela dupla de empresárias. Composta por sete brincos, sete anéis, sete pulseiras e sete colares, inclui peças produzidas em prata 925 ou prata 925 com banho de ouro de 18 quilates, e pedrarias.
A primeira coleção da Sharma já está disponível no site da marca. Os preços variam entre os 38€ e os 250€.
Carregue na galeria para conhecer algumas das propostas desta linha, lançada em paralelo com a parceria com Siza Vieira.