Durante um almoço, Bruna Cabral, de 37 anos, decidiu oferecer a Brigitte Costa, 50, um livro de Robin Sharma, intitulado “O Clube das 5 da Manhã”. A obra de desenvolvimento pessoal não só reforçou a amizade, como mudou a forma como ambas encaravam a vida. O último passo da transformação? Uma reinvenção profissional.
A dupla, que trabalha na banca e no ramo imobiliário, decidiu investir também num gosto comum. “Sempre partilhámos uma enorme paixão pelo mundo da joalharia, então decidimos juntar as nossas famílias num projeto das duas”, contam à NiT. “Queríamos desenvolver um conceito de exclusividade.”
Quando começaram a idealizar joias que fossem diferentes e originais, imaginaram precisamente a Sharma, lançada a 23 de outubro. Trata-se de uma marca com peças intemporais “pensadas para pessoas modernas, cosmopolitas e ativas” — e que valoriza, sobretudo, a mestria dos ourives nacionais.
O primeiro passo passa pela aposta em coleções-cápsula, desenhadas em exclusivo por conhecidos arquitetos, designers ou criadores de outras áreas artísticas. A primeira resulta de uma parceria com o arquiteto Álvaro Siza Vieira e será lançada até ao final do ano.
“Apostando na singularidade e sendo um mercado tão competitivo, fazia todo o sentido promover a criatividade de artistas de áreas distintas, com total liberdade para conceberem estas edições limitadas”, acrescentam. “Desejamos inclusivamente que pensem fora da caixa.”
O nome de Siza Vieira foi uma escolha natural para as duas sócias. “Estamos muito honradas por ter aceitado o convite e queremos que a linha fique perpetuada na história da empresa”, acrescentam.
A coleção de estreia chama-se Pétala e foi criada pela dupla de empresárias. Composta por sete brincos, sete anéis, sete pulseiras e sete colares, inclui peças produzidas em prata 925 ou prata 925 com banho de ouro de 18 quilates, e pedrarias.
Numa fase inicial, apenas as coleções-cápsula serão feitas com ouro maciço e gemas preciosas naturais, decididas caso a caso. Irão também refletir o estilo único das criadoras. Enquanto a Brigitte prefere um visual discreto e elegante, mais virado para os tons neutros, Bruna identifica-se com artigos que tenham explosões de cor e muita energia, algo refletido em cada look vibrante que escolhe.
“Queremos tornar o requinte mais acessível e apresentar joias duradouras, privilegiando o empoderamento feminino, mas também a sofisticação e o charme, quer feminino, quer masculino”, sublinham. Até porque o objetivo passa por lançar coleções para vários públicos, isto é, peças para homens, para os mais novos e até para animais.
E porquê Sharma? Além de ser o sobrenome do autor que as inspira, “é igualmente sinónimo de proteção, conforto e alegria”, precisamente o que querem que os clientes sintam com as peças que vão apresentar. “Queremos marcar pela diferença, pela originalidade e, particularmente, pela exclusividade.”
Além de Siza Vieira, Bruna e Brigitte já têm outros criadores garantidos, todos de diferentes áreas artísticas, cujos nomes serão divulgados aos poucos. E o plano para conquistar o mercado nacional passa também pela criação de parcerias estratégicas com hotéis de luxo e museus em vários pontos do País — sempre com um olho no mercado internacional.
A primeira coleção da Sharma já está disponível no site da marca. Os preços variam entre os 38€ e os 250€.
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