Quando Luiz André Tissot fundou uma marca de móveis, num pequeno município em Rio Grande do Sul, em 1990, não imaginou que se tornaria um sucesso. Oriundo de uma família com tradição na manufatura de artigos de madeira, o designer começou o negócio como uma importadora de artigos de alto luxo assinados por designers italianos.
Volvidos 34 anos, o negócio não parou de crescer e a produção mudou-se para a América do Sul. A empresa tem mais de 70 pontos de venda só no Brasil e 30 além fronteiras. No entanto, ainda faltava alcançar “um mercado tão exigente e qualificado” como o europeu.
Foi em Portugal que a Sierra abriu esta quinta-feira, 21 de março, a primeira loja de móveis de luxo na Europa. O espaço com cerca de 600 metros com propostas em madeira maciça “fatto a mano” fica no Braço de Prata, em Lisboa, mais precisamente no empreendimento Prata Riverside Village.
“A vinda para Portugal tem a ver com um sonho da minha família de nos mudarmos para cá. É uma terra que sempre nos recebeu muito bem”, conta à NiT Adriana Pitrez, a atual diretora-executiva da marca, com mais de 25 anos de experiência como designer de interiores. “Pareceu-nos o ponto de entrada perfeito.”
O objetivo é trazer um pouco do ADN brasileiro para o território nacional, mantendo o respeito pelo design europeu. Afinal, a Sierra mantém raízes bem assentes no velho continente. É no município de Gramado, um pequeno vilarejo italiano no sul do Brasil, que criam as propostas. Tudo acontece num parque fabril com mais de 80 mil metros quadrados.
Sob a máxima de que “mais do que um móvel”, há um conceito por trás das propostas, a marca rege-se em torno do conforto. “O luxo é muito subjetivo. Para muitos, luxo é chegar a casa, despreocupado e sentar numa boa poltrona a ver um filme. Não é preciso comprar joias”, acrescenta o diretor de exportações da insígnia, Milton Segata.
As matérias-primas são o ponto de partida. Além da madeira maciça, o catálogo aposta ainda em peles naturais, como o couro. “Tudo o que não é natural, é reciclado. Temos essa preocupação com o meio ambiente”, reforça Adriana.
E foi no Braço de Prata que a equipa encontrou um espaço amplo o suficiente para expor os melhores exemplos desta filosofia. A ideia é que os clientes possam entrar, experimentar cada opção — das poltronas aos cadeirões — e ter uma “experiência Sierra”, como denominam.
No espaço, todas as propostas podem ser personalizadas, dos acabamentos às texturas, cores ou tecidos. A curadoria é feita no local, consoante o gosto do cliente, sempre com o apoio de uma equipa composta por consultores, arquitetos e designers de interiores.
“A nossa ideia é trabalhar uma vertente de pronta entrega. A pessoa vem, senta-se, escolhe e já pode levar o móvel”, diz o diretor de exportações. “Especificamos, personalizamos e fazemos a exportação se desejar. Em torno de 90 dias, estamos com a entrega feita.”
Portugal, que continua a representar uma forte demanda da marca, vai continuar a ser o foco a Sierra. Mas a expansão não se vai ficar por aqui. A equipa já está em conversas com empresários espanhóis, assim como envolvida em projetos específicos em França e Inglaterra. “O mercado respondeu muito bem à nossa inserção.”
Os preços da Sierra começam a partir dos 150€ no site da marca. Carregue na galeria para conhecer algumas das propostas mais vendidas.
