Lojas e marcas

Slow Closet e ECOA Circular passam a ser uma só plataforma de venda em segunda mão

O projeto português tem à venda peças de celebridades como Jessica Athayde, Mayra Andrade, Rita Pereira e Beatriz Gosta.
As fundadoras.

Em 2019, as irmãs gémeas Teresa e Rita Horgan resolveram criar a Slow Closet, depois de se aperceberem do potencial poluidor da indústria da moda. Um ano mais tarde, Aline Gimenez, natural de São Paulo, no Brasil, fez o mesmo: criou a ECOA Circular para por à venda as peças em segunda mão que já não usa, um conceito que se inspirou no site brasileiro Enjoei.

Agora, em junho de 2021, as empreendedoras decidiram juntar os seus negócios numa só plataforma: a ECOA Circular. Por lá, é possível encontrar produtos de grandes marcas que foram escolhidas através de uma curadoria especializada, em bom estado de conservação e à venda por preços mais acessíveis. Através do site, qualquer cliente pode vender, comprar e saber mais sobre a moda circular, a sustentabilidade o o consumo consciente.

Aline Gimenez chegou a Portugal há cerca de seis anos e conta à NiT que foi “amor à primeira pisada”. Foi nessa altura que começou a pensar seriamente em criar um espaço online que permitisse aumentar o tempo de vida útil das peças de roupa e incentivar “as noções de comunidade, transparência, ética e solidariedade”. No entanto, a ideia da empreendedora “estava em gestação há vários anos — em 2010, tive a experiência de viver na Nova Zelândia e foi aí que comecei a ter um olhar mais atento ao meio ambiente. Desde então, a sustentabilidade está presente no meu estio de vida”, explica.

Como o próprio nome indica, esta plataforma quer levar hábitos ecológicos ao maior número de pessoas possível e mostrar que é necessário travar o consumo desenfreado motivado pelas grandes cadeias de fast fashion. Para Aline, a facilidade de acesso a estas marcas não só fortalece aquela que é considerada a segunda indústria mais poluente do mundo como contribui para o desperdício e precarização do trabalho — segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), os portugueses deitam fora 200 mil toneladas de roupa por ano.

 
 
 
 
 
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Já a dupla de irmãs teve um contacto mais direto com o mercado de economia circular durante a visita a várias feiras em Modena e Bolonha, em Itália. Rita e Teresa apaixonaram-se por peças únicas, que já tinham pertencido a outras pessoas, que estavam espalhadas em montanhas de roupas e provavelmente acabariam em aterros sanitários.

Depois de vermos o documentário da Netflix, “The True Cost”, apercebemo-nos do enorme impacto que a indústria da moda descartável tem para o planeta e para as vidas das pessoas que trabalham no início desta cadeia. Começamos a pensar no que podíamos fazer para diluir este impacto. A roupa é importante pela sua funcionalidade e beleza, mas porquê comprar novo, se podemos usar peças em segunda mão em ótimo estado, mais em conta e com muito menor impacto para o planeta? Decidimos deixar de consumir moda descartável e resolvemos começar este projeto”, contou Rita Horgan à NiT.

Quem se quiser registar terá de selecionar um mínimo de cinco peças de roupa e/ou acessórios que correspondam aos critérios de venda e preencher o formulário de inscrição disponível no site. Depois de receberem a confirmação da ECOA, pode enviar as peças num prazo máximo de 15 dias, após os quais a plataforma envia uma proposta com os preços de venda. Só depois de os mesmos serem aprovados pelos clientes é que os produtos serão colocadas à venda — o resto é tudo tratado pela empresa.

Por lá, também há peças de roupa de algumas caras conhecidas em Portugal, entre elas Jessica Athayde, Mayra Andrade, Rita Pereira e Beatriz Gosta. Carregue na galeria para conhecer algumas propostas.

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