Depois de uma estreia de sucesso, em julho de 2022, a marca portuguesa Sweetpepper já apresentou a sua segunda coleção. Desta vez, porém, colocaram a fasquia do objetivo a atingir mais acima. Com a nova linha de vestuário, lançada em dezembro de 2022, a etiqueta quer entrar no primeiro mercado internacional e conquistar clientes em Espanha.
“Nas minhas viagens, percebi que a mulher espanhola é alguém que seduz bastante. Identifico-me muito com a atitude e garra que representam”, conta à NiT Sandra Pimenta, de 46 anos. “Gosto muito da forma de estar na vida das espanholas, mas continuo a querer estar presente em Portugal.”
Por isso, para desenhar as peças da coleção intitulada “Semear”, inspirou-se na forte cultura de Espanha no que diz respeito a festas e cerimónias especiais. O conceito do lançamento defende que a moda para o dia a dia também pode contar com muito brilho, algo que raramente se vê por cá.
“Chamei [a linha] de “Semear” porque é o que estou a fazer. Neste momento, estou a semear a marca em Portugal, que vai germinar lá para fora. E quero colher o reconhecimento”, diz. Sandra acrescenta ainda que já está em contactos com comerciais no país vicinho para tentar introduzir as suas propostas em pontos de venda estratégicos.
Apesar de não faltarem lantejoulas nos vestidos, casacos e saias que criou, o uso de cada modelo não se limita a ocasiões especiais. “Todas as peças têm, ao mesmo tempo, uma vertente de festa e um lado casual”, explica.
A criativa não quer que as pessoas comprem determinado modelo apenas para um evento específico. Sandra criou as peças para serem reutilizadas, por exemplo, num jantar com amigas. “Criei um vestido que se torna num quimono, para se adaptar ao dia a dia. É vistoso e um pouco exuberante, por ser de lantejoulas, mas para uma mulher espanhola é básico.”
Um marca nascida do acaso
Esta é uma filosofia que dá continuidade à primeira coleção, “Despertar”, que apresentou no verão. Na altura, as propostas femininas já eram um reflexo daquilo com que a criadora da marca se identifica e que dá resposta às necessidades de mulheres na casa dos 30 e 40 anos que tenham atitude e confiança no seu próprio corpo.
Quanto à confeção, Sandra idealiza cada peça após comprar os tecidos em armazéns nacionais certificados, situados no norte do País: “Olho para os materiais primeiro e, só depois, decido se dali sai um vestido ou uma saia.”
De seguida, a fundadora, originária de Braga, trabalha com pequenos ateliers, onde a produção é feita em quantidades mínimas, para não haver excedentes. Além disso, existe a preocupação em criar com tecidos já feitos, evitando criar novos.
Apesar do sucesso da Sweetpepper, o percurso de Sandra Pimenta nunca tinha passado pela moda. Durante mais de duas décadas, trabalhou em design de comunicação. A marca surgiu antes das primeiras peças de roupa serem idealizadas, visto que estava ligada à produção de eventos corporativos. O objetivo era dedicar-se, em exclusivo, a esta nova ideia.
“Quando isto aconteceu, entrámos em pandemia. Tinha abandonado o meu trabalho e vejo-me numa situação em que ninguém quer fazer festas. Foi o caos instalado”, revela. Dada a situação económica, estava bloqueada em termos das soluções do que imaginava para o projeto. Foi então que se deu a epifania: “Decidi que devia dar o salto e começar a criar roupa, focando-me em fazer com que as mulheres gostem do que vestem”, explica. Ainda passou pela criação dos acessórios, numa fase muito embrionária do projeto, mas nos últimos meses a marca tem estabelecido uma identidade muito própria graças às coleções de vestuário.
Todas as peças da Sweetpepper estão disponíveis no site da marca, com preços entre os 67€ e os 150€. Carregue na galeria para conhecer as propostas do novo lançamento.
