Diogo Dalloz pode ter nascido no Brasil, mas foi em Portugal que descobriu a paixão pela ourivesaria. Principalmente pela técnica e arte da joalharia portuguesa, que conheceu quando fez um programa de intercâmbio na Universidade de Lisboa. Desde aí foram várias as viagens de ida e volta entre ambos os países até que, em 2018, se fixou no Porto.
No mesmo ano, abriu na baixa da cidade a primeira loja da sua marca. The Jewellery Experience não é um simples espaço em que os consumidores chegam, apreciam as peças e as levam para casa. É também um atelier criativo, onde visitantes podem assistir — ao vivo e a cores — à criação das joias, além de participarem na própria conceção.
Com Ni Romiti, outro jovem brasileiro, trouxe um pouco do Brasil para as joias. Este, apesar de não ser formado em Design — mas sim em Economia — trouxe a sua visão brasileira para a joalharia, área que está presente no ADN da família através da mãe, Thea Romiti, designer há mais de 50 anos.
Em 2020, fecharam as Galerias Lumière, onde estavam instalados, e o sócio abandonou o projeto durante a pandemia. Porém, o negócio não abrandou. Ao lado de Diogo, continuou a esposa Luma, que o acompanhou na mudança, para o Centro Comercial Bombarda, e nos restantes passos.
Agora, em 2023, o casal abriu uma segunda loja junto ao Hotel Infante de Sagres, no centro da cidade. “Abrimos este espaço para voltarmos a estar mais próximos dos turistas e mostrar-lhes o nosso trabalho. Sempre tivemos a preocupação de nos voltarmos para o português, mas a ideia é expandir a marca”, conta o fundador à NiT.
Embora mais pequena, a nova morada serve também para os clientes poderem marcar reuniões para fazerem peças personalizadas. “Temos um público muito grande à procura de alianças de casamento. Muitas pessoas vêm a Portugal para as fazer aqui”, acrescenta.

Para criar peças diferenciados, a dupla utiliza tecnologia de ponta e trabalham com impressão em 3D para desenvolver os modelos de raiz. Têm a impressora a funcionar durante o dia a dia, o cliente vai ao seu encontro para poderem ver e tocar nos artigos e, após aprovação, produzem o desenho em prata ou ouro.
“A ideia sempre foi criar algo diferente. Queremos oferecer algo que não se vai encontrar tão facilmente, por isso, o nosso lema é ‘joias para todos’. Todos podem ter uma das nossas peças de design. Para isso, tentamos ter o maior intervalo de preços possível.”
Os valores das peças começam nos 25€ e algumas podem chegar aos 3 mil euros. A experiência de participar na produção não tem qualquer custo. Outra das novidades, que fica por volta dos 50 euros, permite que os turistas agendem um dia para assistirem ao fabrico da filigrana — o preço inclui uma peça em prata.
Diogo reforça que “não são joalharias, mas lojas de design” e a decoração semelhante dos dois espaços reflete isso. Têm um conceito urbano e mais casual, para que as peças expostas se destaquem. “São locais onde as pessoas entram e sentem-se bem, não são intimidantes”, conclui.
Antes de abrirem a nova loja, o casal já avaliava o centro de Braga. Diogo reforça a intenção de levar o conceito para outras cidades, como Lisboa, mas pretendem que o crescimento do conceito aconteça de forma natural. Por isso mesmo, ainda não definiram quando chegar a outros pontos do País.
Carregue na galeria para ver mais imagens do novo espaço The Jewellery Experience, no Porto.